As exportações têm vindo a recuperar e segundo o Fórum para a Competitividade é possível que existam “condições para contradizer o pessimismo” anunciado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A entidade liderada por Pedro Brás da Costa aponta que “a manterem-se os atuais valores, há condições para contradizer o pessimismo da 2ª previsão para 2021, realizada pelo INE, em que as empresas exportadoras antecipavam exportar menos 10% do que em 2019”.
“O abrandamento do crescimento das exportações verificado em junho prende-se com um efeito base (decorrente da recuperação neste mês de 2020), já que, face a 2019, houve uma clara melhoria, registando-se a segunda melhor taxa de crescimento desde março”, sublinhou o Fórum para a Competitividade na nota de conjuntura de agosto divulgada esta quarta-feira.
Quanto à a recuperação económica, o Fórum para a Competitividade prevê que prossiga, “embora com algumas limitações”.
“Em primeiro lugar, os dados disponíveis apontam para dificuldades persistentes no turismo, em particular no segmento, mais importante e mais valioso, dos não residentes. Em segundo lugar, a indústria automóvel está a ressentir-se da falta de componentes, com interrupção ou diminuição da laboração nestes meses”, destacou.
De recordar que o turismo nacional cresceu em julho, mas apenas o mercado interno. Os hospedes portugueses representaram 2,7 milhões de dormidas, ou seja, uma subida de 6,4% face a julho de 2019, revelou o INE na terça-feira.
Em valores gerais, o INE informou que “o setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 4,5 milhões de dormidas em julho de 2021 o que compara com 1,0 milhão hóspedes e 2,6 milhões de dormidas em julho de 2020. Os níveis atingidos em julho de 2021 foram, no entanto, inferiores aos observados em julho de 2019, tendo diminuído o número de hóspedes e de dormidas, 42,5% e 45,0%, respetivamente”.
Segundo o Fórum para a Competitividade em termos de recuperação económica destaca-se a AutoEuropa que “só deverá retomar a atividade no início de Setembro. Aliás, o indicador diário de atividade, calculado pelo Banco de Portugal, confirma este abrandamento no 3º trimestre”. “Nos trimestres seguintes, assinale-se ainda a previsível subida de insolvências (a crescer 10,9% no 2º trimestre), que, no nosso país, têm crescido acima da média europeia”, completa.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com