O Fórum para a Competitividade estima que o PIB do 3º trimestre tenha abrandado em cadeia de 0,7% para entre 0,3% e 0,5%, de que resultará, ainda assim, uma aceleração em termos homólogos, 1,8% de para entre 1,9% e 2,1%.
Com a revisão em alta do PIB de 2024 para um crescimento de 2,1%, é praticamente garantido que 2025 será de desaceleração face ao ano anterior, defende a instituição liderada por Pedro Ferraz da Costa.
Os economistas do Fórum sublinham que em Agosto, o mercado de trabalho permaneceu muito dinâmico, quer em termos de população ativa (aumento homólogos de 3,1%), quer de emprego (3,4%). A subida marginal da taxa de desemprego, de 6,0% para 6,1%, acaba por não ter significado.
Pelo que, a manterem-se os atuais crescimentos do emprego acima dos 3%, bastariam aumentos modestos da produtividade para o PIB crescer em torno dos 4%.
Com a revisão em alta do PIB de 2024, o rácio da dívida pública baixou, de 94,9% para 93,6% do PIB. Em função disso, o governo baixou a estimativa para o final de 2025, de 91,5% para 90,2% do PIB, mantendo a meta de um excedente de 0,3% do PIB, destaca a nota de conjuntura.
Em Portugal, em Setembro, o clima económico conheceu nova ligeira melhoria, atingindo o melhor valor desde Fevereiro de 2022, ainda que com um comportamento misto da confiança nos diferentes sectores.
Em Setembro, a inflação caiu finalmente, de 2,8% para 2,4% (fechando quase toda a diferença face à da zona euro), tal como a inflação subjacente, de 2,4% para 2,0%, tendo a inflação média estabilizado nos 2,4%.
Por sua vez, em Julho, as exportações de bens caíram 11,3% em termos homólogos, a maior quebra desde Março de 2024.
Em termos de destinos, salientem-se as fortes quedas para a Alemanha (-46,4%) e para os EUA (-37,1%).
Outro destaque vai para o impacto do turismo na economia portuguesa. Em Agosto, registou-se uma desaceleração generalizada da actividade turística, em todos os indicadores: proveitos e dormidas, quer de residentes quer de não residentes. No caso destes, registou-se inclusive uma quebra ligeira (-0,5%), não obstante o crescimento dos EUA (+9,8%), mas sofrendo com baixas significativas no caso de Espanha (-9,1%) e de Itália (-6,9%), refere a nota.
Economia internacional
O Fórum para a Competitividade comentou os dados económicos internacionais. Sobre a França alertou que “mais do que um problema económico, a França tem um problema orçamental e político, que poderá vir a contagiar o financiamento de outros países da zona euro”.
Nas novas previsões do BCE sobre a zona euro, há agora maior optimismo sobre o PIB de 2025 (1,2% em vez de 0,9%), mas menor sobre 2026 (1,0% em vez de 1,1%).
Do outro lado do Atlântico, nos EUA, assiste-se ao primeiro “shutdown” dos últimos sete anos, sendo de referir que este fenómeno ocorreu 20 vezes nos últimos 50 anos.
Dada a intransigência nas negociações, é possível que a actual suspensão seja p,rolongada, adiando a divulgações de
dados económicos importantes, como a inflação e o desemprego.
Em Agosto, as exportações da China desaceleraram de 7,2% para 4,4% em termos homólogos, com queda de 33% para os EUA, enquanto as importações abrandaram de 4,1% para 1,3%. Ainda assim, o excedente comercial subiu para 102 mil milhões de dólares.
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