O Fórum para a Competitividade reviu em baixa as suas previsões macro para Portugal, mais notoriamente a estimativa de crescimento do PIB. O Fórum acredita que a economia portuguesa vai retrair entre 9% e 15%, acima do intervalo de 4% a 8% que havia estimado no final do primeiro trimestre do ano.
Com a pandemia a afetar ainda não só Portugal, como também a vasta maioria dos parceiros comerciais do país, foram várias as instituições a piorar o cenário esperado para a economia nacional no ano de 2020. Tal facto advém da queda das exportações que Portugal experienciou em abril e maio, meses em que a atividade exportadora ficou 39,8% e 39%, respetivamente, abaixo do verificado em igual período do ano passado. A expetativa é que esta rubrica vá melhorando ao longo dos meses, mas de forma lenta.
Apesar disso, vários setores começam a exibir sinais de retoma em junho, sobretudo a indústria e o comércio, onde as empresas conseguiram já alcançar ou até ultrapassar os valores registados até março, quando se começaram a fazer sentir os efeitos da pandemia.
Um setor que tem demorado a recuperar é o do turismo, que contribui fortemente para um agravamento das perspetivas económicas portuguesas para o ano. Motivado pela reincidência de focos de contágio na zona da Grande Lisboa, pelas dificuldades de trânsito de e para Portugal impostas por vários países ou pelas dificuldades económicas que afetam os consumidores (tanto de mercados estrangeiros emissores, como do mercado nacional, que tem sido lento a substituir os clientes internacionais por portugueses), o turismo continua a ser dos sectores mais devastados pela covid-19. Depois de quedas de 98,5% em abril e 97,2 em maio, o relatório do Fórum avisa para a importância dos meses que agora passam, que frequentemente determinam o sucesso de todo o ano.
Também para o desemprego o Fórum traça um cenário pouco animador, lembrando estimativas do Banco de Portugal e da OCDE de uma taxa de desemprego acima dos 10% em 2020. Até agora, a taxa de desemprego tem-se mantido contida, devido sobretudo ao recurso massivo ao layoff, que terá adiado várias futuras situações de desemprego.
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