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Fosso salarial entre homens e mulheres em Portugal agravou-se e mais de um terço entre 2011 e 2016

De 2015 para 2016 o fosso estreitou-se em 0,3 pontos percentuais, para 17,5%. Isto quer dizer que as mulheres em Portugal ganham, em média, 83 cêntimos por cada euro que os homens ganham por hora.
7 Março 2018, 13h33

O fosso salarial entre homens e mulheres em Portugal aumentou 35%, entre 2011 e 2016, para 17,5%, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat, mas desceu em 2016, face ao ano anterior.

Isto quer dizer que as mulheres em Portugal ganham, em média, 83 cêntimos por cada euro que os homens ganham por hora.

Portugal é um dos 10 Estados-membros em que a disparidade salarial de género subiu no período em análise, sendo seguido de perto pela Eslovénia, onde se registou uma subida de 4,5 pontos percentuais, para 7,8%, o que representa quase mais do que uma duplicação da taxa.

O fosso salarial entre homens e mulheres em Portugal era de 12,9% em 2011, ano em que Portugal foi obrigado a pedir ajuda externa, tendo aumentado 4,9 pontos percentuais, para 17,8%, em 2015, o ano a seguir ao final do programa de assistência internacional.

De 2015 para 2016 o fosso estreitou-se em 0,3 pontos percentuais, para 17,5%.

Na União Europeia (UE), o fosso salarial reduziu-se em 0,6 pontos percentuais, entre 2011 e 2016, para 16,2%.

Esta evolução é explicada pelas reduções verificadas na Roménia (menos 4,4 pontos percentuais), Hungria (4 pontos percentuais), Espanha e Áustria (ambas com menos 3,4 pontos percentuais), Bélgica (3,3 pontos percentuais) e a Holanda (menos 3 pontos percentuais).

A nível europeu, segundo os dados do Eurostat, os Estados-Membros com maior diferença de remuneração entre homens e mulheres em 2016 foram a Estónia (25,3%), a República Checa (21,8%), a Alemanha (21,5%), o Reino Unido (21,%) e a Áustria (20,1%).

Roménia (5,2%), Itália (5,3%), Luxemburgo (5,5%), Bélgica (6,1%), Polónia (7,2%), Eslovénia (7,8%) e Croácia (8,7%) foram os países que ficaram abaixo dos 10%.

 

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