A “preocupante” falta de progressos nas negociações do Brexit, poderá levar ao governo francês de vetar o pedido de extensão do Artigo 50 que permite que o Reino Unido permaneça na União Europeia até dia 31 de janeiro.
A frustração entre os vários líderes europeus aumentou no decorrer da semana passada, depois de a Câmara dos Lordes ter aprovado o projeto de lei de Benn, que evita um Brexit sem acordo a 31 de outubro. Uma das várias derrotas de Boris Johnson naquela semana.
Em declarações à imprensa francesa, o diplomata afirma que a situação “é muito preocupante” e que “os ingleses têm que nos dizer o que querem”.
Quando questionado sobre se o pedido de extensão poderia ser aprovado, Le Drian afirmou que a paciência da União Europeia se está a esgotar. “Não vamos aprovar um pedido de extensão a cada três meses”, afirmou.
O governo do Reino Unido quer remover o backstop irlandês, que manteria a Irlanda do Norte no mercado único e o Reino Unido numa união aduaneira para evitar uma fronteira difícil na ilha da Irlanda.
Mas fontes em Bruxelas, onde David Frost, um correspondente de Boris Johnson, esteve em conversações duas vezes na semana passada com a task force do Brexit da comissão europeia, disse que o processo de encontrar uma alternativa pronta estava-se a tornar difícil. “Não tem havido propostas substanciais sobre como travar um backstop e os ingleses fingem o contrário”, afirmou.
As mesmas fontes revelaram que não existem provas de que o governo britânico esteja a trabalhar em “propostas concretas” para fechar um acordo do Brexit. E o mesmo pode ser concluído com base nos episódios da semana passada: a perda da maioria de Boris Johnson no Parlamento, a aprovação do pedido da oposição para uma extensão do Brexit, a recusa de eleições antecipadas e a demissão de dois membros do Governo – Jo Johnson, ministro das Universidades e Ciência, e Amber Rudd, ministra do Trabalho e da Segurança Social.
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