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França propõe repatriar produção da PSA e Renault

“A indústria automóvel francesa tem-se deslocalizado demasiado e deverá recuar”, disse o ministro da Economia e Finanças francês, em entrevista a uma rádio local.
14 Maio 2020, 15h42

O governo de França lançou um aviso às fabricantes automóveis: se eles quiserem receber apoios estatais têm de repatriar a produção dos seus veículos. Em entrevista à estação de rádio “BFM Business”, o ministro da Economia e Finanças francês defende que a “indústria automóvel francesa se tem deslocalizado demasiado e deverá recuar”. Na opinião de Bruno Le Maire, o repatriamento da produção deve ser “a contrapartida” dos auxílios que o Estado gaulês concede a estas empresas para superar a conjuntura de crise.

O Estado francês detém uma participação de 15% no grupo Renault, que pediu recentemente uma injeção de capital como empréstimo, na ordem dos 5 mil milhões de euros, para mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus no negócio.

No final de abril, aquando da divulgação de resultados trimestrais da empresa, foi anunciada uma redução da estrutura de custos para compensar, por exemplo, a quebra de 19,2% na faturação em relação ao mesmo período de 2019.

Já esta manhã ficou a saber-se que os conselhos de administração da Fiat Chrysler e da dona da Peugeot Citroën decidira que não vão distribuir dividendos ordinários este ano relativos a 2019 devido à crise pandémica, sendo que se previa a entrega de 1,1 mil milhões de euros aos acionistas.

As multinacionais, que se encontram num processo de fusão, indicaram ainda que esse negócio “deverá iniciar-se, de acordo com os detalhes previstos, antes do final do primeiro trimestre de 2021, sob reserva das condições de implementação habituais”, de acordo com um comunicado.

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