O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, fala dos principais problemas da economia nacional, do Plano de Recuperação e Resiliência e do ambiente social. Confessa que olha para o fenómeno da raspadinha como para uma chaga que acha imoral que seja incentivada pelo Estado, sobretudo nesta altura. Em entrevista ao Jornal Económico, assume-se ainda como defensor das PPP na área da Saúde e não se furta a falar da política partidária, da defunta ‘geringonça’ ao Chega, passando pelo CDS, e da polémica em curso sobre o revisionismo histórico.
Já disse que o CES vai monitorizar a aplicação do dinheiro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Existindo o Tribunal de Contas (TC) e prevendo o próprio plano estruturas de acompanhamento, o que impele o CES a prestar esse serviço?
A nossa visão é diferente. Não há nenhum controlo do tipo do TC. A perspectiva é avaliar os efeitos concretos da aplicação dos fundos comunitários, quer os do PRR quer os dos fundos estruturais, do ponto de vista económico e social. Saber até que ponto se moderniza o tecido produtivo, se contribui para o reforço da competitividade ou o aumento da produtividade.
Já o ouvi dizer que em Portugal esses fundos vão sempre parar às mesmas empresas…
Temos dados que apontam nesse sentido. Agora é preciso perceber se isso é bom ou mau. Temos um tecido empresarial com uma esmagadora maioria de empresas muito pequenas, algumas minúsculas. Há países que optaram por canalizar os fundos comunitários só para empresas médias e grandes e outros que optaram por o fazer para as pequenas e médias. Devemos comparar e perceber a eficácia de uns e outros.
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