[weglot_switcher]

Funchal vai lançar documentário sobre impacto do isolamento nas regiões ultraperiféricas

O documentário da autoria de Carolina Caldeira e Juliana Lee reflete sobre o impacto do isolamento, a diferença entre solidão e solitude, e o significado de insularidade, num momento com contornos específicos e transversais no mundo, em que os tópicos do isolamento, da solidão, da sensação de se estar sozinho aparecem transcritos em notícias e artigos diários.
11 Maio 2021, 13h09

O Funchal vai lançar um documentário que reflete sobre o impacto do isolamento nas regiões ultraperiféricas. O projeto insere-se na candidatura da capital da Madeira para capital europeia da Cultura.

O projeto chama-se “Solidão e Solitude”, e tem como autoras Carolina Caldeira e Juliana Lee. Trata-se de um documentário sobre o impacto do isolamento, a diferença entre solidão e solitude, e o significado de insularidade, num momento com contornos específicos e transversais no mundo, em que os tópicos do isolamento, da solidão, da sensação de se estar sozinho aparecem transcritos em notícias e artigos diários.

A autarquia refere que o estudo de campo começou com uma viagem às Ilhas Desertas, em que Carolina Caldeira acompanhou durante 13 dias uma equipa de vigilantes da Natureza numa das suas estadias nestas ilhas desabitadas, onde recolheu impressões de grupo e individuais, sobre o impacto da solidão e a relação humana com a tecnologia.

O projeto inclui ainda uma residência artística de duas semanas nas Ilhas Selvagens.

O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Gouveia, destacou “o trabalho e o rasgo de criatividade”, das duas autoras, e disse ter “grandes expetativas” para a realização deste documentário, que” explora a questão do que é ser ilhéu e o impacto do isolamento nas regiões ultraperiféricas, sendo que esses dois conceitos estão subjacentes à nossa candidatura, cujo lema é além do mapa, uma cidade de encontros”.

Miguel Gouveia disse que desde o início da candidatura do Funchal a Capital Europeia da Cultura que a autarquia “tem assumido a ambição de uma cidade ultraperiférica que quer sair vencedora deste projeto, porque acreditamos que, mesmo com todas as condicionantes e estando distantes dos meios de decisão continentais portugueses e europeus, podemos conseguir estar no centro da Europa, como já estivemos noutros momentos da nossa História”.

O autarca sublinhou que a candidatura do Funchal a Capital Europeia da Cultura “procura levar ao centro da Europa toda a riqueza e diversidade cultural que temos enquanto ilhéus, mas acima de tudo enquanto pessoas. Nesse sentido, acreditamos que este projeto já é uma aposta ganha, pois através da criação de novas linhas de pensamento trabalha toda essa dimensão que estamos a propor. A Câmara Municipal do Funchal espera poder continuar a aprofundar este trabalho, porque essa será a prova de que estamos no bom caminho e que a capitalidade europeia passará pela Madeira”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.