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Fundações e energéticas apoiam criação de ventilador pulmonar português

EDP, REN e fundações Calouste Gulbenkian e La Caixa/BPI vão auxiliar o desenvolvimento deste equipamento, que está a ser criado no centro CEiiA.
2 Abril 2020, 23h42

Já são conhecidas as quatro primeiras entidades a apoiar o protótipo de ventilador pulmonar que está a ser desenvolvido por engenheiros portugueses do centro CEiiA. As empresas EDP – Energias de Portugal e a REN – Redes Energéticas Nacionais e as fundações Calouste Gulbenkian e La Caixa/BPI vão dar a mão ao chamado projeto “Atena”, que pretende responder à emergência causada pela doença Covid-19.

O CEiiA, um dos maiores investidores em I&D do país, considera que este auxílio é decisivo para que os hospitais nacionais consigam ter, no próximo mês de maio, 100 unidades do modelo de ventilador mecânico invasivo. O equipamento está a ser desenvolvido por engenheiros, intensivistas, pneumologistas, anestesistas e internistas de unidades hospitalares públicos e privadas do norte e sul, em parceria com a Escola de Medicina da Universidade do Minho. A missão é salvar a vida de quem entra em falência respiratória aguda.

“Temos consciência de que se trata de uma meta ambiciosa mas temos um desafio maior pela frente, o valor da vida, e para isso é necessário que existam nos hospitais os ventiladores necessários para que não seja necessário fazer escolhas em função da idade”, afirma José Rui Felizardo, CEO do CEiiA.

A comunidade médica exige que a ferramenta seja de fácil, segura e intuitiva utilização, e movimentação, bem como simples de limpar e descontaminar. Em termos técnicos, deve garantir o seu funcionamento contínuo sem falhas por um período mínimo de 15 dias, 24 horas por dia, e ser compatível com outros componentes médicos, segundo a informação divulgada pelo centro localizado em Matosinhos.

“Estão a fazer um esforço ativo para nos ajudarem a enfrentar esta pandemia. E estão a demonstrar que ainda bem que investimos na formação e no desenvolvimento tecnológico e científico porque nestes momentos críticos essa capacidade e esse conhecimento têm múltiplas aplicações”, disse recentemente o primeiro-ministro, António Costa, aquando de uma visita a este centro de engenharia e excelência.

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