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Fundo 33N participa em ronda de financiamento da Exein de 70 milhões

A Exein é o maior fornecedor mundial de segurança integrada protegendo atualmente mais de mil milhões de dispositivos conectados a nível global e com um crescimento superior a 450% ao ano.
16 Julho 2025, 13h50

A Exein, empresa especializada em cibersegurança para IoT integrada, angariou 70 milhões de euros numa ronda de financiamento Série C. A ronda foi liderada pela Balderton e contou com a participação da Supernova e da Lakestar, com a 33N (fundo de capital de risco europeu), a United Ventures e a Partech a reforçarem o seu investimento da ronda anterior.

Este novo capital irá impulsionar os ambiciosos planos de expansão global da Exein nos EUA, Japão, Taiwan e Coreia do Sul, assim como reforçar a sua presença já consolidada na Europa, explica a empresa.

A 33N é um fundo de capital de risco europeu (EuVECA) especializado em cibersegurança e tecnologias de informação, registado na Comissão Nacional do Mercado de Valores de Espanha (CNMV). O fundo investe globalmente em empresas em fase de crescimento inicial que desenvolvem e comercializam soluções tecnológicas emergentes em cibersegurança e tecnologias de informação.

“Com um crescimento superior a 450% anualmente, a Exein já protege mais de mil milhões de dispositivos a nível mundial, tendo estabelecido parcerias estratégicas com os principais fabricantes de chipsets e OEM/ODM do mundo, incluindo a MediaTek, Supermicro, Kontron, SECO e AAEON”, refere a empresa de cibersegurança em comunicado.

A abordagem de segurança ao nível do dispositivo da Exein “cria um verdadeiro sistema imunitário digital, protegendo os dispositivos individualmente em vez de depender exclusivamente de defesas de rede”, explica a empresa.

Esta abordagem descentralizada permite aos fabricantes integrar, de forma fluída, as mais recentes ferramentas de segurança nos seus produtos, protegendo-os contra ameaças cibernéticas e garantindo o cumprimento das rigorosas normas globais de cibersegurança, como a NIS2 e o Cyber Resilience Act da Europa – que entra em vigor em 2026 – e o Cyber Trust Mark dos EUA.

“Com um em cada três ciberataques a envolver um dispositivo IoT, a Exein desenvolveu um conjunto de soluções que incorporam medidas de segurança robustas e avançadas diretamente nos dispositivos conectados”, acrescenta.

“A Exein está a tornar-se rapidamente o padrão da indústria para segurança IoT integrada, oferecendo deteção de ameaças em tempo real, com recurso a IA, em sectores críticos como infraestruturas essenciais, semicondutores, energia, automóvel, saúde e robótica”, conclui a empresa.

Como parte da sua estratégia de expansão global, a Exein está também a desenvolver soluções de segurança em tempo de execução para proteger infraestruturas de IA e modelos de linguagem de larga escala (LLMs).

“Esta monitorização contínua e deteção de ameaças em tempo real irá responder à crescente necessidade de proteger IA e LLMs a operar em dispositivos, em vez de num ambiente centralizado em cloud”, explica a empresa.

O financiamento também permitirá à Exein explorar oportunidades estratégicas de fusões e aquisições no sector da cibersegurança, reforçando ainda mais os seus planos de crescimento

Gianni Cuozzo, Fundador e CEO da Exein,  considera  que “o crescimento extraordinário da Exein é prova da urgência em proteger os dispositivos que fazem parte do nosso quotidiano”.

“A segurança embebida ao nível do dispositivo é fundamental, e orgulhamo-nos de apoiar os fabricantes na oferta dos mais elevados níveis de proteção, garantindo-lhes confiança e conformidade com a legislação mais recente. É com grande orgulho que reforçamos os alicerces da inovação tecnológica europeia e que temos a confiança dos nossos parceiros e investidores para expandir globalmente e cumprir a nossa missão de construir o sistema imunitário digital para o mundo conectado”, acrescenta.

“Vivemos numa era em que tudo — desde redes ferroviárias a maquinaria industrial — está conectado e, por isso, exposto”, defende  Elena Moneta, Principal da Balderton.

“À medida que as infraestruturas críticas se tornam cada vez mais definidas por software e interligadas em rede, os riscos multiplicam-se, especialmente com a IA a permitir que os atacantes atinjam mais alvos, mais rapidamente do que nunca. E já não entram pela porta da frente; o micro-ondas de um navio militar ou o aquário inteligente numa sala de espera de hospital — qualquer um destes pode ser explorado para comprometer toda a rede”, sublinha a gestora do fundo.

A Exein é o maior fornecedor mundial de segurança integrada protegendo atualmente mais de mil milhões de dispositivos conectados a nível global e com um crescimento superior a 450% ao ano.

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