Um total de 2.977 pessoas morreram em consequência direta dos quatro ataques aéreos separados no dia 11 de setembro de 2001. A maioria sucumbiu na queda das Torres Gémeas, ficando debaixo dos escombros, e muitos outros por causa da inalação dos fumos tóxicos.
De facto, um novo relatório indica que o número de pessoas que morreram de doenças relacionadas com os ataques do 11 de setembro já excede o número das vítimas que perderam a vida nos ataques.
Desde que o Fundo de Compensação de Vítimas do 11 de setembro reabriu em 2011, foram realizados mais de 67 mil pedidos de indemnização que desenvolveram doenças por terem estado perto dos locais atacados por Al-Qaeda, nomeadamente o World Trade Center.
Nas últimas duas décadas, as vítimas receberam mais de oito mil milhões de dólares por perdas económicas relacionadas com os ataques mas também por tratamentos de saúde diretamente relacionados com os resíduos tóxicos que inalaram durante a exposição ou fuga. Assim, o 11 de setembro de 2001 continua a infligir um peso emocional, físico e financeiros aos sobreviventes.
“Nenhum departamento foi mais devastado do que o corpo de bombeiros no 11 de setembro”, realçou o advogado Nick Papain à “Fox News”. “Os bombeiros e outros socorristas não só sofreram doenças físicas mas também de stress pós-traumático porque ficaram lá dias, semanas e meses – inicialmente nos esforços de resgate e depois nos esforços de recuperação. Muitos deles sofreram de culpa de sobrevivente por terem visto os seus colegas morrerem no 11 de setembro”.
Inicialmente encerrado em 2004, o governo de Barack Obama reabriu o fundo em nome do polícia James Zadroga, apelidando-o de “James Zadroga 9/11 Health and Compensation Fund”, depois do agente ter morrido aos 34 anos em consequência de problemas de saúde relacionados com os atentados ao Ground Zero.
Na reabertura do fundo, Obama permitiu que civis também conseguissem reinvindicar fundos, uma vez que se encontravam muitos civis na zona quando as torres caíram.
“As pessoas não percebem que este fundo de compensação vai muito além dos primeiros socorros [bombeiros, polícia]”, assumiu Nick Papain. “Quando o fundo foi inaugurado em 2001, foi projetado para ajudar as famílias daqueles que morreram a 11 de setembro e aqueles que ficaram gravemente feridos como resultado do seu trabalho no Ground Zero”, nota.
“Mas em 2011, quando foi reaberto, expandiu-se para os civis que lá trabalhavam, viviam e estudavam. Tem sido um esforço de educação pública”.
De acordo com o advogado, este fundo pode ajudar qualquer pessoa que tenha estado presente no local do acidente do Pentágono, no local do acidente em Shanksville, na Pensilvânia ou nas zonas de exposição de Nova Iorque entre os dias 11 de setembro de 2001 e 30 de maio de 2002. As zonas de exposição referem-se à “área de Manhattan ao sul da linha que corre ao longo de Canal Street do rio Hudson até à intersecção na East Brodway até à Clinton Street, e ainda a leste da Clinton Street até ao East River, ou seja, qualquer área que tenha estado englobada nas rotas de remoção do entulho do local e no aterro Fresh Kills.
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