A Comissão Europeia anunciou durante a Web Summit que aproximadamente mil milhões de euros em investimentos em empresas deep tech (tecnologia avançada) foram aprovados pelo Conselho Europeu de Inovação (EIC – European Innovation Council) desde que foi criado, em setembro do ano passado.
O fundo no âmbito do Horizonte Europa, lançado há cerca de um ano, escolheu 159 startups e PME (Pequenas e Médias Empresas). Normalmente, depois dessa ‘luz verde’ de investimento da União Europeia, as empresas têm até doze meses para encontrar coinvestidores com o apoio do EIC e, segundo a informação divulgada na cimeira tecnológica, 71 já completaram esse processo.
“A maioria das empresas também recebeu apoio de até 2,5 milhões e acesso a conhecimento, parcerias e oportunidades de mercado através dos serviços de aceleração do EIC”, adianta o conselho, acrescentando que a escolha das startups e PME envolve due diligence do Banco Europeu de Investimento.
Michiel Scheffer, membro do conselho de administração do Conselho Europeu de Inovação, deu uma conferência de imprensa na Web Summit para detalhar estes investimentos, que envolveram empresas como Quandela (Palaiseau, France), Microsure (Eindhoven, Países Baixos) e MeThinksAI (Barcelona, Espanha).
Em Portugal contabilizam-se oito empresas financiadas pelo fundo do Conselho Europeu de Inovação: Immunethep (Cantanhede), Peekmed (Braga), Ruby Nanomed (Braga), Ophiomics (Lisboa), Winegrid (Ílhavo), C2C NewCap (Odivelas)l, Bac3Gel (Oeiras) e HydrUStent, ex-Hydrumedical (Guimarães).
O Jornal Económico (JE) encontrou a C2C NewCap numa feira de empreendedorismo em Amesterdão no mês passado, a TBB – The Business Booster, que teceu elogios à União Europeia na agilização destes investimentos. “Os campeões das bolsas a nível europeu são os países do sul: Portugal, Espanha, Itália, Grécia… Mas não por serem melhores que os nórdicos. É porque existem menos apoios nestes países”, começou por dizer André Mão de Ferro”.
“As startups acabam por socorrer-se mais a financiamento diretamente da Comissão Europeia, porque em Portugal o financiamento tem taxas mais baixas e a burocracia é maior”, referiu ao JE o cofundador e co-CEO, na conferência de inovação em economia verde organizada pela sociedade público-privada EIT InnoEnergy.
Entre as dezenas de startups presentes na exposição estavam mais cinco portuguesas – Enline, Heaboo, Eneida, BBKW e Vertequip – e também outras empresas nacionais com as quais nos cruzámos no recinto, nomeadamente Navigator, Lisbon Venues ou o laboratório colaborativo Smart Energy Lab, da EDP – Energias de Portugal.
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