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Fundo Europeu de Energias Renováveis da Aquila Capital já garantiu mais de 500 milhões de euros de capital

Em comunicado, a empresa alemã de gestão de investimentos sustentáveis e desenvolvimento de ativos refere que o fundo “procura investir em ativos nos locais onde a fonte de energia é mais abundante, aproveitando o vento nórdico e a energia solar fotovoltaica ibérica, e tem um posicionamento conservador, com uma baixa alavancagem financeira”, com a diversidade de fontes de rendimento a ser assegurada pela “amplitude de tipos de contrato”.
22 Março 2023, 11h28

O Fundo Europeu de Energias Renováveis da Aquila Capital (EBRF) assegurou, no final do ano passado, mais de 500 milhões de euros de capital, cimentando a sua estratégia de diversificação da carteira de ativos de energia limpa em toda a Europa continental e Irlanda, que abrange projetos em diferentes fases de desenvolvimento, bem como tecnologias e mercados diversificados, tem impulsionado o crescimento deste fundo

Em comunicado, a empresa alemã de gestão de investimentos sustentáveis e desenvolvimento de ativos refere que o fundo “procura investir em ativos nos locais onde a fonte de energia é mais abundante, aproveitando o vento nórdico e a energia solar fotovoltaica ibérica, e tem um posicionamento conservador, com uma baixa alavancagem financeira”, com a diversidade de fontes de rendimento a ser assegurada pela “amplitude de tipos de contrato”.

O grupo sediado em Hamburgo alude a uma combinação de estratégias que promovem uma proteção perante descidas nos preços da energia, “ao mesmo tempo que preserva o potencial de subida, caso os preços aumentem”, referindo-se aos “contratos de aquisição de energia (PPA, Power Purchase Agreements), de preço fixo, que dão maiores garantias e visibilidade dos ganhos, investimentos com maior exposição ao risco de mercado (“merchant financing”) proporcionam uma correlação com o valor da inflação”.

Esta combinação de estratégias permite uma proteção face a quedas nos preços da energia, ao mesmo tempo que preserva o potencial de subida, caso os preços aumentem.

Segundo Lars Meisinger, diretor de Client Advisory International na Aquila Capital, “o EBRF segue uma abordagem equilibrada no que diz respeito à construção da carteira de investimento, dividindo o potencial de risco através da diversidade de tecnologias de geração, geografias, mercados energéticos e regimes regulatórios”, cujos projetos estão distribuídos geograficamente por seis países e seis mercados energéticos.

“Recentemente, acrescentámos ao portfolio de investimentos o armazenamento co-localizado, uma oportunidade de investimento que consideramos ser particularmente atrativa. A inclusão de sistemas de armazenamento de energia através de baterias representa uma oportunidade adicional de retorno e uma fonte adicional de diversificação do risco”, continua.

Meisinger recorda que os “fundos de investimento Evergreen estão a ganhar tração entre os investidores, uma vez que proporcionam um maior grau de flexibilidade em comparação com fundos fechados. Uma vez que os fundos abertos estão constantemente a aumentar o seu capital, os investidores podem optar por aumentar a sua posição ao longo do tempo”

“Do mesmo modo, os investidores podem também ajustar posições, se necessário, como parte de uma alocação de ativos mais dinâmica, em mercados privados. O EBRF é um SICAV-RAIF luxemburguês. Como é um fundo Evregreen, não data de maturidade, o que aumenta a flexibilidade para os investidores”, explica.

Lançado em junho de 2019, o “Fundo EBRF atingiu um desempenho médio de 7,2% ao ano (em setembro de 2022) para os seus investidores, tendo alcançado o seu objetivo de desempenho de 6,5 – 7,5% ao ano (2019: 11,16%, 2020: 0,78%, 2021: 9,02%, 2022: 4,76% valor patrimonial líquido/ação)”, sendo os investidores institucionais japoneses uma parte significativa; além disso, as instituições da Alemanha, Reino Unido e Península Ibérica contribuíram com a maioria dos compromissos de capital para o fundo.

“O desempenho robusto deste fundo e o elevado interesse que os nossos investidores continuam a demonstrar por ele provam o acerto da nossa estratégia e filosofia no EBRF, que temos estado a prosseguir desde 2019”, explica, por sua vez, Roman Zervas, Team Head Fund Management Clean Energy e gestor de fundos para o EBRF.

O mesmo responsável entende, ainda, que “o equilíbrio dos riscos vai continuar a ser o elemento central da nossa estratégia, à medida que aumenta a percentagem de projetos em fase de construção. Isto permite assegurar um maior potencial de retorno, em comparação com projetos em fases mais avançadas. A exposição no Sul da Europa vai aumentar, principalmente na energia solar fotovoltaica, para aproveitar as respetivas oportunidades nestes mercados”.

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