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Fundo Land assina protocolo com Governo para juntos regenerarem a floresta portuguesa

O Fundo Land e Governo português assinaram protocolo com vista a unirem esforços para regenerar a floresta portuguesa e combater as alterações climáticas, capturando, em 15 anos, até 5 milhões de toneladas de CO2.
8 Setembro 2023, 08h47

O Fundo Land e Governo português assinaram protocolo com vista a unirem esforços para regenerar a floresta portuguesa e combater as alterações climáticas, capturando, em 15 anos, até cinco milhões de toneladas de CO2.

O Fundo Land é um fundo de investimento imobiliário, baseado “na aquisição e gestão responsável das terras”. Funciona como um veículo de investimento que prossegue objetivos sustentáveis, com foco na proteção, conservação, restauro e gestão responsável de ecossistemas naturais e na mitigação e adaptação às alterações climáticas.

Em comunicado o fundo gerido por Ângela  Lucas e João Lopes Raimundo diz que “no âmbito do cumprimento dos objetivos assumidos pelo Governo em matéria de ação climática, acelerando a transição para uma sociedade neutra em carbono, e por forma a contribuir para os “Objetivos do Desenvolvimento Sustentável” da Agenda 2030 das Nações Unidas, o Fundo Land – Life and Nature Development, assinou um protocolo de cooperação com o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), com foco na mitigação e adaptação às alterações climáticas, na correta e responsável gestão da floresta e áreas agroflorestais, e na proteção, fomento e conservação da biodiversidade, promovendo a eficiência hídrica, a resiliência da floresta e a prevenção de incêndios rurais”.

O Fundo Land – Life And Nature Development é um instrumento financeiro que tem a ambição de ser o projeto de referência em Portugal em matéria de regeneração da floresta autóctone e dos ecossistemas, com uma estratégia clara de combate à desertificação das zonas rurais mais vulneráveis do país, incluindo zonas afetadas por incêndios. O fundo pretende ser “um catalisador de investimento para a floresta, assumindo um caráter tecnológico, inovador e verdadeiramente agregador e reformador do território, em total alinhamento com o desígnio nacional de transformação da paisagem e de promoção da coesão territorial”.

João Lopes Raimundo, co-fundador do Fundo Land , refere que o protocolo com o MAAC  “permite operacionalizar um conjunto de benefícios gerados pelo Land e que vão ao encontro de objetivos de política pública”.

“O protocolo agora celebrado pretende, assim, ser um instrumento de ação que possibilita canalizar investimento privado para uma intervenção positiva no território e na sua coesão, no clima, na biodiversidade e na regeneração da natureza, aportando um conjunto abrangente de benefícios, promovendo a transparência, robustez, credibilidade, segurança, previsibilidade e confiança num mercado voluntário de carbono nacional”, acrescenta.

O Fundo Land é um fundo imobiliário e destina-se exclusivamente a investidores profissionais.

“O Fundo Land é o primeiro fundo imobiliário do seu tipo em Portugal, um fundo com um objetivo assumidamente sustentável e ambiental, e que se guia por métricas muito próprias de alinhamento com a sustentabilidade e com a taxonomia europeia”, refere no comunicado Ângela Lucas, Management, Regulatory e ESG.

Ângela Lucas diz que o fundo tem a ambição de ser “um projeto inclusivo, de carácter plurianual, com impacto positivo também ao nível social e nas economias locais” já que “assenta na florestação, reflorestação, gestão responsável, conservação e proteção das florestas, com um foco muito claro na biodiversidade, no restauro e conservação dos ecossistemas e na mitigação e adaptação às alterações climáticas”.

“É um projeto que vai ao encontro das estratégias de sustentabilidade e dos planos de descarbonização das empresas e investidores”, acrescenta a gestora do fundo.

“O projeto tem financiamento a cargo essencialmente dos promotores privados, para a execução de ações de planeamento, de plantação, de gestão ativa e recuperação do espaço rural, registo e certificação da gestão florestal responsável e dos serviços de ecossistemas, em particular do Sequestro e Armazenamento de Carbono e Conservação da Biodiversidade”, explica Ângela Lucas.

O Fundo Land, que pretende captar 500 milhões de euros em cinco anos, espera oferecer aos investidores um retorno de cerca de 10%, apostando na recuperação de florestas e no sequestro de carbono, disseram recentemente os responsáveis do fundo à Lusa. 

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