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Furacão Milton arrisca causar perdas de 60 mil milhões de dólares no sector dos seguros

As perdas económicas totais deverão rondar os 100 mil milhões de dólares, dos quais 60 mil milhões estarão cobertos por seguro, avança a DBRS Morningstar. A elevada incidência de eventos meteorológicos extremos tem levado grandes seguradoras a abandonarem o mercado da Florida nos últimos anos.
14 Outubro 2024, 09h43

Os danos causados pelo furacão Milton na Florida vão levar a um disparo nos prémios de seguro nos EUA, dado que se estimam perdas abrangidas por apólices na ordem dos 60 mil milhões de dólares (54,9 mil milhões de euros), avança a DBRS Morningstar. Com um mercado dominado por médias seguradoras, isto pode levar a uma subida das insolvências no sector.

A DBRS Morningstar estima que as perdas económicas totais rondem os 100 mil milhões de dólares (91,5 mil milhões de euros), dos quais cerca de 60 mil milhões de dólares estariam cobertos por apólice. A estimativa inicial passava por um intervalo entre 30 e 60 mil milhões, mas, após a passagem do furacão, a agência financeira estima que o custo se situe mais próximo do limite superior.

Esta dinâmica é agravada pelos altos custos de construção nas zonas mais afetadas pelo furacão Milton, que acabou por não entrar diretamente na costa da Florida pela zona de Tampa Bay, um dos 25 centros urbanos mais populosos do país e o cenário mais temido.

Esta pressão acrescida num mercado dominado por firmas de pequena e média dimensão pode criar problemas de sustentabilidade financeira, projeta a DBRS, sobretudo dado que o furacão Helene já havia deixado um rasto de destruição com repercussões para o sector dos seguros na Florida.

A elevada incidência de eventos meteorológicos extremos tem levado várias seguradoras de maior nome nos EUA a abandonarem o mercado da Florida, dadas as perdas avultadas que vinham acumulando.

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