A bolsa de Lisboa recua 2,52% para os 4447,10 pontos a meio de uma sessão, marcada pela inesperada vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos EUA, com todos os títulos no vermelho.
Destaque para as quedas dos CTT (-1,89%), EDP Renováveis (-5,78%), Mota-Engil (-3,43%), NOS (-3,45%), Semapa (-4,15%) e Navigator (-1,94%).
Nos ‘pesos pesados’, a EDP perde 3,58%, a Galp energia desce 0,75% e a Jerónimo Martins cai 1,59%.
A Sonae e BCP apresentam hoje resultados após o final da sessão e seguem ambos a cair 2,65% e 3,09%, respetivamente.
Na Europa os índices negoceiam com perdas elevadas, com os investidores europeus a reagirem com apreensão à vitória de Donald Trump. Henrique dias, analista do XTB, afirma que “a vitória de Donald Trump veio trazer bastante volatilidade aos mercados, os investidores optaram por encerrar grande parte das suas posições com o receio em torno das medidas que Trump possa vir a adotar.”
O Dax perde 1,29%, o índice francês CAC cai 1,42%, a praça holandesa AEX desvaloriza 1,34%, e o Footsie de Londres recua 0,52%. O Ibex cai 2,56% “penalizado devido às relações comerciais que muitas cotadas têm com países da América Latina, nomeadamente o México”, afirma Steven Santos, gestor do Banco Big.
O petróleo Brent perde 0,02% para os 46,05 dólares. Ouro e prata são os ativos que valorizam em períodos de incerteza e sobem 2,14% e 2,05%, respetivamente. A AllianzGi considera que com a vitória de Trump, “os mercados dos EUA devem entrar num ambiente de risco marcado por maior volatilidade e mais procura por ouro e títulos do Tesouro”.
No mercado de câmbios o euro ganha 0,56% para 1,1088 dólares. A Libra avança 0,38% para 1,2431 dólares e o iene ganha 1,84% para 103,25 ienes. O Banco Big, considera que “a vitória de Trump poderá retirar pressão ao FED em subir a taxa de referência em Dezembro, o que também acabaria por gerar alguma debilidade para o dólar em relação a um basket variado de divisas internacionais.”
A ‘yield’ da dívida portuguesa a dez anos, negoceia a ganhar 5,4 pontos base para 3,270%. A alemã recua 0,9 pontos base para 0,172%. Henrique Dias, frisa, que “os investidores poderão desfazer-se de posições em ações, optando por ativos de refúgio como o ouro,as T-notes ou as Bunds”
Os futuros dos mercados norte-americanos negoceiam a cair cerca de 2,00%. O BPI refere que, “os futuros sobre os principais índices accionistas estão a registar fortes quedas. Durante a sessão americana, dever-se-á assistir à overperformance dos sectores petrolífero e de defesa e uma underperformance das empresas de energias renováveis de serviços de saúde (que seriam os sectores mais beneficiados por uma presidência de Hillary Clinton)”.
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