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Futurete, uma máquina de café artesanal portuguesa

Começou a ser fabricada numa pequena oficina na zona da Benedita e partiu à conquista do mundo.
  • Cristina Bernardo
29 Abril 2018, 10h00

Manuel Marques e Luís Grade tinham um sonho: juntar a paixão pelo café ao conhecimento pela área de metalomecânica. Esta combinação improvável deu origem à Futurete, uma máquina de café artesanal, que começou a ser fabricada numa pequena oficina na zona da Benedita e partiu à conquista do mundo. Estávamos nos anos 80 e nasciam os primeiros modelos icónicos da marca – a Platinium, a Piccolina e a Oberon -, resultado de um processo minucioso de desenho e construção. Com o aumento da experiência e a respetiva consolidação no sector, iniciou a sua expansão internacional com uma carteira de clientes provenientes de países como o Brasil, Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Suíça, Itália, Estados Unidos da América, entre outros.

A Futurete evoluiu e, hoje em dia, estende a sua presença da Europa à Ásia.  A montagem de precisão, a escolha dos materiais e as soluções tecnológicas têm sido trunfos nos diversos mercados onde se insere. A empresa dedica-se ao fabrico exclusivamente artesanal de máquinas de café expresso e moinhos de café. “Neste momento estamos a apostar no mercado asiático, como a China, a Singapura ou a Tailândia. A América do Norte, o Brasil ou Cabo Verde também são mercados fortes”, explica Ivan Soares, diretor geral da Futurete. Com a internacionalização surgiram também novos produtos. Entre 24 e 27 de abril, a máquina vai estar presente na feira internacional de produtos relacionados com o canal Horeca, em Singapura. O ano passado, da fábrica da Benedita, saíram mil máquinas de café e três mil moinhos. Em 2015, a Futurete integrou o Grupo Bel, renovando a aposta na criação de produtos ‘premium’. “Estamos a focar-nos na inovação, de acordo com as sinergias do grupo, aproveitando para trabalhar na inovação tecnológica e mecânica”, acrescenta Ivan Soares, de 24 anos.

Uma das componentes de inovação encontra-se precisamente no design. “Atualmente estamos a projetar um novo equipamento de inspiração portuguesa – aproveitando materiais como a madeira e a cortiça – e fazer com que esses símbolos nacionais estejam mais presentes lá fora”, conta. Para 2018, a empresa planeia um aumento de 50% ao nível de vendas e aumento do espaço fabril para o dobro.

(Entrevista publicada na edição de 23 de março)

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