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Futuro da hotelaria passa pelo investimento em tecnologia

Conferência sobre “Turismo Sustentável, Hotelaria e Mobilidade” contou com as participações de com as participações de Ricardo Campos, diretor de Operações do Grupo Visabeira; João Carlos Silva, diretor de Manutenção da Vip Hotels; Pedro Serra, diretor de Operações de Hotelaria do The Editory Collection Hotels; João Catarino, do Vila Galé Hotéis; e Victor Moure, country manager da Schneider Electric Portugal.
21 Dezembro 2021, 18h05

O futuro da hotelaria passa pela tecnologia e por sistemas de recolha e tratamento de dados que tornem as operações mais eficientes e sustentáveis, defenderam os participantes na conferência sobre “Turismo Sustentável, Hotelaria e Mobilidade”, que foi transmitida através da plataforma multimédia do JE TV.

A tecnologia foi, em primeiro lugar, necessária para responder às contingências da pandemia de Covid-19, mas será fundamental para o desenvolvimento do sector, como referiu Ricardo Campos, diretor de Operações do Grupo Visabeira. “A tecnologia teve, tem e vai ter cada vez mais um papel fundamental naquilo que será o futuro e a sustentabilidade da hotelaria”, disse.

Victor Moure, country manager da Schneider Electric Portugal, explica que há duas vertentes que se complementam, primeiro, a relacionada com o controlo e a experiência do cliente, depois, a respeitante ao desempenho do hotel.

“Queremos ajudar o cliente a estar melhor com os nossos serviços e queremos que os hotéis sejam mais inteligentes, eficientes, mais flexíveis e mais resilientes e sustentáveis”, afirmou, apontando que isto passa por uma aposta na tecnologia. “Sem tecnologia, não temos dados para podermos reduzir, por exemplo, o nosso impacto em termos ambientais”, disse.

Também João Catarino, do Vila Galé Hotéis, considera que a tecnologia é um fator crítico de sucesso. Questionado sobre se as empresas têm essa perceção e se estão preparadas, afirmou que terão de estar, para se desenvolverem. “As empresas estarão preparadas para isso, se quiserem continuar a ser líderes do seu segmento de mercado, porque vai chegar a uma altura em que as utilities terão um preço muito pesado na operação; já têm”, afirmou, acrescentando que custos como os relacionados com água e energia têm tendência para aumentar.

A questão do investimento

A questão é que o mercado não é homogéneo, os investimentos necessários podem ser avultados, e, muitas vezes, não existe a perceção dos ganhos que podem advir do recurso à tecnologia.

“Há uma preocupação constante com determinados equipamentos e acho que há uma preocupação cada vez maior dos promotores de terem esses sistemas”, assim como “a própria procura dos clientes também já tem isto em consideração”, afirmou João Catarino. Só que, como refere João Carlos Silva, diretor de Manutenção da Vip Hotels, temos um parque hoteleiro muito distinto.

“Se é mais fácil implementar estes sistemas – e muitos deles já existem – em edifícios que já foram concebidos para alguns deles, é mais fácil eles evoluírem nesse sentido e termos esses dados, acesso a eles e, depois, informação com que trabalhar. Agora, noutros edifícios, mais antigos, que já têm mais anos tem e que têm outro tipo de equipamentos, às vezes há necessidade de uma adaptação e há um investimento que tem que ser feito, muito grande, e, por vezes, é aí que as coisas param”, disse. “As pessoas pensam no investimento que vão fazer e qual é o benefício que têm com isso”, afirmou.

A conferência “Turismo Sustentável, Hotelaria e Mobilidade” foi promovida pelo Jornal Económico, juntamente com a Schneider Electric Portugal, foi transmitida através da plataforma multimédia JE TV e através do site e das redes sociais do Jornal Económico, e continua disponível para ser vista em www.jornaleconomico.pt.

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