A chegada da pandemia obrigou a mudanças profundas na sociedade e no nosso modo de vida, com uma das mais óbvias e impactantes sob a forma do teletrabalho, que tem ramificações nas preferências por habitação, no modelo de ensino e nas desigualdades entre uma mesma população. Um ano volvido, como será o futuro da nossa vida coletiva?
Apesar de muitos postos de trabalho terem saído razoavelmente ilesos do primeiro impacto com o vírus, ao serem ‘transportados’ para a casa de cada trabalhador, esta realidade trouxe novos desafios, começando pela diferença entre estes cidadãos e aqueles nos sectores cuja área de atividade não permite o trabalho remoto. Adicionalmente, quem passou a trabalhar a partir de casa verificou que tal é possível fora dos centros urbanos, deslocando-se para zonas de menor pressão imobiliária e, sobretudo, onde o modo de vida permite maior distanciamento entre as pessoas. Assim, e ao fim de um ano neste paradigma, os efeitos dificilmente se extinguirão com o controlo da pandemia.
O próprio Governo deu o mote para a fixação do teletrabalho como o novo padrão, pelo menos até ao final do ano, nas atividades que assim o permitam. No entanto, o primeiro-ministro foi igualmente o primeiro a reconhecer, já em novembro, um “grande incumprimento” desta recomendação, espelhando as preocupações de alguns economistas sobre a cultura laboral em Portugal.
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