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Galp continua a pressionar PSI, que contraria praças europeias

O principal índice português segue no ‘vermelho’ a meio da sessão, pressionado pela Galp que afunda depois de notas da Arábia Saudita e da Líbia de aumento da produção de petróelo.
26 Setembro 2024, 12h09

A bolsa de Lisboa segue no vermelho a meio da sessão desta quinta-feira, com uma descida de 0,40% para 6.766,44 pontos.

A Galp continua a ser a cotada que mais pressiona o índice português, estando a perder 3,13% para 16,57 euros. Segue-se a Corticeira Amorim a descer 1,22% para 8,87 euros, a Jerónimo Martins derrapa 1,13% para 17,56 euros, os CTT diminuem 1,01% para 4,43 euros. A REN desliza 0,62% para 2,410 euros e a EDP recua 0,07% para 4,061 euros.

Em contraciclo, a Mota-Engil lidera a sessão, com uma subida de 1,51% para 2,552 euros, seguida do BCP, que ganha 1,36% para 0,4100 euros e a Altri aumenta 0,40% para 5,050 euros.

As principais praças europeias negoceiam no verde, mantendo o ritmo acelerado da abertura, com o DAX a ganhar 1,13% para 19.303,50 pontos, o CAC40 a subir 1,56% para 7.683,58 pontos e o IBEX35 a aumentar 1,08% para 11.920,00 pontos.

O analista de mercados do Millennium Investment Banking, Ramiro Loureiro, afirma que “as principais praças europeias seguem com ganhos superiores a 1%, levando o alemão DAX ao seu valor mais elevado de sempre. A liderar no Stoxx600 está o sector de consumo, impulsionado pelas empresas de luxo em reação aos comentários de vários membros do partido comunista chinês, que se mostraram otimistas quanto ao impacto dos estímulos na economia e reiteraram as metas de crescimento para o país. O de recursos naturais segue-se, devido ao grande papel da China no mercado de matérias-primas. Por fim, o tecnológico fecha o pódio, com grandes cotadas europeias a reagirem às boas contas da Micron apresentadas ontem após o fecho de Wall Street”.

“Em grande destaque está também a banca, com o disparo de quase 5,3% do Commerzbank que anunciou novas metas de remuneração acionista, numa tentativa de conseguir mais apoio dos investidores para impedir uma aquisição pelo UniCredit. Já o energético é arrastado pela descida dos preços do petróleo, após notas de que a Arábia Saudita e a Líbia irão aumentar produção da commodity. O movimento gera pressão na Galp, que recua mais de 3% e coloca o PSI em divergência com os ganhos europeus”, salienta o analista.

O analista refere que “daqui a pouco, os investidores estarão atentos aos dados de pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, a serem conhecidos pelas 13h30m, bem como dados de encomendas de bens duradouros. Lá fora de notar ainda os tombos de Ubisoft, em reação ao corte de Outlook, e da Nordic Semiconductor, depois de ter apresentado as suas perspetivas”.

No mercado do petróleo o texano WTI perde 2,24%, fixando o preço do barril nos 68,11 dólares e o brent desce 2,11% para 71,36 dólares. O gás natural sobe 1,70% para 2,865 dólares.

No mercado cambial o euro valoriza 0,20% face ao dólar, fixando-se nos 1,1155 dólares.

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