A Galp é o terceiro maior produtor de petróleo no Brasil. Apesar do trabalho feito nas duas últimas décadas para chegar ao pódio de produtores no pré-sal brasileiro, a energética portuguesa quer apostar mais no negócio do gás natural e das energias renováveis.
“O Brasil é um mercado importante. Estamos no Brasil há duas décadas, e na última década investimos cinco mil milhões de dólares (4,42 mil milhões de euros). A Galp é agora o terceiro maior produtor de petróleo no Brasil”, disse hoje o presidente executivo da energética portuguesa em conferência de imprensa, esta segunda-feira, 14 de fevereiro, depois de ter recebido o ministro da Energia brasileiro Bento Albuquerque.
“O Brasil é metade da Galp em termos financeiros: capital investido, geração de caixa e gasto atual de capital”, acrescentou Andy Brown.
O gestor destacou também a “liberalização do mercado de gás natural e as novas licenças de energias renováveis”. “Isto providencia à Galp uma enorme oportunidade para o futuro”, declarou.
No petróleo, Andy Brown destacou o projeto “Bacalhau”, onde a Galp já investiu 1,5 mil milhões de dólares (1,32 mil milhões de euros), mas também os de Tupi e Iracema. Já no campo de Sépia, a Petrobras (parceira da Galp) está a operar um navio-plataforma FPSO, mas pode acrescentar mais um, resumiu. “Existe oportunidade de crescimento na produção de petróleo” no Brasil.
Já no gás natural, anunciou que a empresa começou a vender gás produzido por si, mas também por outras empresas. “Já fechamos seis negócios” de venda de gás, disse.
Ao mesmo tempo, a empresa tomou uma posição nas energias renováveis: dois projetos de energia solar num total de 600 megawatts, nos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte.
“Estamos olhar para o solar e eólica. Queremos expandir a nossa posição nas renováveis. O Brasil é um lugar muito atrativo para o hidrogénio”, destacou Andy Brown.
Por sua vez, o ministro da Energia brasileiro, em visita oficial a Portugal, destacou o “desenvolvimento muito grande” das energias renováveis no país, que pesam atualmente 20% na matriz elétrica no Brasil, devendo aumentar para 40% até 2030.
“A Galp dará uma importante contribuição para esse desenvolvimento”, disse Bento Albuquerque na conferência de imprensa em Lisboa.
“Realizámos 20 leilões de produção e distribuição de eletricidade e sete leilões de petróleo e gás”, resumiu.
“Nos últimos três anos, foram contratados 40 mil milhões de dólares [35,4 mil milhões de euros] em investimentos diretos de parceiros internacionais. Para os próximos 10 anos, prevemos investimentos de 620 mil milhões de dólares [548 mil milhões de euros] no sector de energia do país”, segundo Bento Albuquerque.
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