A Galp já recebeu ofertas não-vinculativas pela Namíbia e está em negociações com várias empresas.
As ofertas foram recebidas no final de junho, início de julho, de “empresas do setor credíveis”.
“Estamos em negociações”, afirmou hoje a co-CEO Maria João Carioca esta segunda-feira numa chamada com analistas, não adiantando mais pormenores.
O objetivo é fechar uma “forte parceria” com um “parceiro experiente para avançar” com a exploração na área de Mopane no mar da Namíbia.
Os lucros da Galp recuaram 9 por centro para 565 milhões de euros no primeiro semestre face a período homólogo, penalizados pela quebra do preço do petróleo nos mercados mundiais.
O EBITDA desceu 16 por cento para mais de 1.500 milhões de euros, penalizado pela quebra da unidade de upstream: -28 por centro para 788 milhões de euros.
Já a unidade industrial e midstream subiu 2 por cento para 539 milhões de euros, com a unidade comercial a ganhar 15 por cento para 163 milhões de euros e as renováveis a subirem 35% para 19 milhões.
A companhia justifica a quebra nos lucros por o preço do petróleo ter afundado 20%, apesar de a produção ter subido 6% no segundo trimestre.
Neste período, a geração de cash flow atingiu 980 milhões de euros “refletindo uma performance operacional robusta durante o período de uma base de ativos resiliente operando num contexto macroeconómico mais desafiante”, segundo a empresa.
Já o capex líquido atingiu 305 milhões, “refletindo receitas da conclusão da venda da Área 4 em Moçambique”, com os investimentos a serem principalmente alocados para o arranque de Bacalhau, no Brasil, a última campanha de exploração e avaliação na Namíbia e a construção dos projetos de baixo carbono em Sines.
Olhando somente para o segundo trimestre, os lucros dispararam 25 por cento para 373 milhões de euros.
O disparo aconteceu à boleia da subida da unidade industrial e midstream, com mais 42 por cento para 320 milhões, seguida da unidade comercial que ganhou 28 por cento para 101 milhões de euros.
Já a unidade upstream caiu 24 por cento para 403 milhões de euros, com a queda de 20% do preço do petróleo, apesar de a produção ter subido 6 por cento, “refletindo a forte disponibilidade da frota de FPSO durante o trimestre, com um número limitado de atividades de manutenção”.
No segmento industrial e midstream, a produção de produtos refinados e a margem foram impactados pelo apagão ibérico no final de abril, mas o segmento foi apoiado pela venda em mercado de gás natural e gás natural liquefeito, “com os volumes a aumentar significativamente”, à boleia do gás norte-americano da Venture Global LNG.
Já o segmento comercial “refletiu uma forte performance apoiada na melhoria dos mercados em África e Espanha”.
“O segundo trimestre de 2025 foi outro trimestre forte para a Galp, com base numa robusta performance operacional nos negócio. Num ambiente macroeconómico e geopolítico cada vez mais incerto, navegamos o período com resiliência e foco, que traduziu-se numa forte geração de ‘cash’. Isto permitiu continuar a recompensar os acionistas mantendo uma sólida fundação financeira”, disseram em comunicado os co-CEO Maria João Carioca & João Diogo Marques da Silva.
“O nosos mandato é claro: asssegurar a continuação da estratégia de execução. E à medida que continuamos a entregar as nossas prioridades, estamos confiantes na nossa performance e assim atualizamos as nossas expetativas operacionais para 2025. Assegurar uma forte parceira na área PEL 83 na Namíbia continua a ser um objetivo importante, e o progresso até agora reforça a nossa confiança na sua conclusão com sucesso”, acrescentaram.
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