O antigo presidente dos Estados Unidos George W. Bush revelou, numa entrevista à revista “People” que não votou em Donald Trump ou em Joe Biden nas presidenciais norte-americanas de 2020, optando por acrescentar no boletim de voto o nome de Condoleezza Rice, que foi conselheira de Segurança Nacional e mais tarde secretária de Estado durante os oito anos em que esteve na Casa Branca.
“Ela sabe que o fiz. Mas disse-me que recusaria aceitar o lugar”, disse George W. Bush, que tem sido particularmente crítico do multimilionário republicano que em 2016 derrotou a candidata democrata Hillary Clinton. Até agora admitia-se que o 43.º presidente dos Estados Unidos tivesse preferido votar em Biden, a quem telefonou para dar os parabéns pela vitória quando o resultado ainda estava a ser contestado por Trump, considerando a votação “fundamentalmente justa” e com um “desfecho claro”.
“Ofereci-lhe o mesmo que ofereci aos presidentes Trump e Obama: as minhas orações pelo seu sucesso e o meu compromisso de ajudar naquilo que puder”, explicou George W. Bush, que quatro anos apressou-se a emitir um comunicado a esclarecer que não tinha votado nem em Donald Trump nem em Hillary Clinton.
Na entrevista à “People”, destinada a promover o seu novo livro com retratos de imigrantes, Bush retomou as suas críticas ao Partido Republicano, que considera estar dominado por “vozes isolacionistas, protecionistas e, até certo ponto, nativistas”.
Mas também salientou que Trump está longe de ser o único responsável pelo polémico muro entre os Estados Unidos e o México. “Construí boa parte desse muro, tal como fizeram Clinton e Obama, e a razão é que o povo americano conta que a lei seja cumprida”, disse, apelando a reformas nos vistos para trabalhadores, no sistema de asilo e no policiamento da fronteira.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com