O Barómetro Kaizen inquiriu mais de 250 gestores de médias e grandes empresas que atuam no mercado português e que no seu conjunto representam mais de 35% do PIB nacional e concluiu que a subida das taxas de juro e a inflação lideram as preocupações dos empresários portugueses.
Neste Barómetro, foi também abordado o Orçamento do Estado, relativamente ao qual 80% dos inquiridos destaca a redução da carga fiscal das empresas como uma das medidas mais importantes a implementar. Por outro lado, 57% acredita que a medida mais relevante é a redução de impostos para consumidores.
Os empresários também se manifestaram relativamente ao “Pacto Social” que a Confederação Empresarial de Portugal propôs ao Governo, no qual uma das medidas designadas, é o pagamento voluntário pelas empresas do 15.º mês aos trabalhadores, isento de contribuições e impostos. Aqui, 43% dos inquiridos afirma que esta é uma boa forma de recompensar o trabalhador sem sobrecarregar as empresas com impostos e contribuições adicionais. Por outro lado, 41% dos empresários, acredita que existem outras formas mais eficazes de apoiar os colaboradores sem comprometer a saúde financeira das empresas.
O barômetro revela ainda que o grau de confiança na economia nacional registou uma descida para 10,62 face à última edição realizada em fevereiro 2023 (11,16).
Além dos diferentes obstáculos aos quais as empresas têm sido expostas, os inquiridos destacam a gestão da workforce (69%), a subida das taxas de juro (40%) e a inflação (39%) como os principais desafios que as organizações terão em mãos no decorrer dos próximos dois anos.
Ainda neste contexto, 83% dos empresários afirmam que a redução de custos e o aumento da eficiência é uma das principais iniciativas que está a ser levada a cabo para colmatar a subida das taxas de juro.
Por outro lado, 21% dos empresários afirma que a diversificação de investimentos e a renegociação de dívidas são outras das grandes apostas.
Apesar da volatilidade e da instabilidade às quais os mercados têm sido sujeitos, no que diz respeito ao crescimento, 70% dos inquiridos preveem que as suas empresas cumpram ou ultrapassem os objetivos estabelecidos em 2023.
Ainda neste campo, 55% dos empresários estima que, nos próximos três anos, a sua empresa registe um crescimento do volume de negócios entre 5% e 15%. Para ajudar este crescimento, pode também contribuir o volume de exportações, sendo, neste âmbito, a União Europeia o mercado de aposta para 61% dos inquiridos. Os Estados Unidos da América ficam em 2º lugar nesta equação, com 28% dos votos.
Apenas 9% das respostas aponta que o crescimento deverá ser nulo ou negativo.
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