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Gestores portugueses estão preocupados com elevado risco de fraude e corrupção nas empresas

O mais recente estudo da consultora WTW revela que em Portugal 93% dos gestores afirmam que os riscos associados a suborno corrupção são os maiores das empresas atualmente, seguidos da perda de dados (91%) e de ataques informáticos (91%), que incluem a extorsão digital.
21 Março 2024, 10h15

Os gestores portugueses identificaram os fatores de risco que mais os preocupam e que representam as maiores ameaças para os seus negócios, de acordo com um estudo da WTW.

O mais recente survey da WTW, “Inquérito sobre Responsabilidade de Administradores e Diretores (D&O) 2023/2024”, apresentado ontem num evento realizado em parceria com a sociedade de advogados PMLJ na sua sede em Lisboa, identifica os principais riscos para os executivos e para as empresas a nível mundial.

Segundo a líder mundial em consultoria, corretagem e soluções,  93% dos gestores portugueses estão preocupados com elevado risco de fraude e corrupção nas empresas.

O “Inquérito sobre Responsabilidade de Administradores e Diretores (D&O) 2023/2024”, auscultou mais de 900 responsáveis de empresas em todo o mundo, incluindo Portugal.

Em Portugal, quando questionados sobre quais as ameaças às operações empresariais “muito” ou “extremamente” significativas, 93% dos inquiridos afirmam que os riscos associados a suborno corrupção é o maior risco das empresas atualmente, seguido da perda de dados (91%) e de ataques informáticos (91%), que incluem a extorsão digital.

Estes valores são muito superiores aos do cenário europeu, onde os ciberataques e a extorsão digital encabeçam as principais ameaças (79%), seguidos da perda de informação (77%) e existência de corrupção (72%).

Jorge Tobias, Head of FINEX, da WTW Portugal, explicou em comunicado que “o estudo já é desenvolvido há alguns anos e temos vindo a assistir a uma preocupação crescente por parte dos gestores portugueses em relação ao risco de corrupção, muito por força do mediatismo à volta desta temática e aos elevados custos reputacionais que os mesmos implicam e que são evidentes nos vários casos mediáticos registados. A proteção de dados e a cibersegurança, posicionam-se igualmente como uma prioridade completando o top 3 dos riscos mais relevantes para as organizações do nosso país”.

O mesmo responsável diz que “apesar de o ciberrisco ser um dos que mais dores de cabeça dá aos gestores portugueses, apenas 40% consideram que as suas empresas estão preparadas para enfrentar um ciberataque (contra 56% da média global) e, apenas 33% têm ciber-seguro (contra 45% da média global)”.

Além destas preocupações, destacam-se as preocupações com riscos de natureza regulatória, tais como Concorrência e Protecção do Consumidor.

Outras conclusões importantes do relatório referem que a nível global o risco mais valorizado pelos gestores (84%) está relacionado com riscos de saúde, higiene e segurança o que está ligado a dois tipos de preocupações – saúde mental e insegurança de pessoas e operações (motivado pela instabilidade geopolitica recente).

Há uma preocupação com a adequada gestão dos riscos, devido à crescente complexidade, o que  justifica que 73% dos gestores identifiquem o risco associado a sistemas e controlos como um risco muito importante para as organizações.

Numa lógica inversa, de uma perspectiva corporativa o risco associado a alterações climáticas ainda não assume, em termos médios uma posição de topo na hierarquização de risco para a generalidade das organizações pois apenas 55% das organizações identificaram esse risco como muito relevante.

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