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Ghosn reforça a sua inocência e promete defender-se das acusações

O antigo líder da Renault e da Nissan, Carlos Ghosn, foi detido no Japão a 19 de novembro. Acusado de fraude fiscal e de abuso de confiança, o ex-gestor vai ser libertado sob fiança.
5 Março 2019, 17h24

Carlos Ghosn, antigo líder dos construtores automóveis Nissan e Renault, afirmou-se hoje “inocente” e determinado a “defender-se vigorosamente”, após a confirmação da sua libertação sob fiança no Japão, onde se encontrava detido.

“Estou infinitamente grato à minha família e amigos que me apoiaram nesta terrível provação”, declarou Ghosn num comunicado divulgado em Paris, depois de ter sido anunciado em Tóquio que um tribunal rejeitou um recurso do Ministério Público e confirmou a libertação sob caução do ex-líder da Nissan/Renault, detido há mais de 100 dias.

“Agradeço igualmente às associações e ativistas dos direitos humanos no Japão e no mundo que lutam pelo respeito da presunção de inocência e pela garantia de um julgamento justo”, acrescentou.

O advogado de Ghosn, Junichiro Hironaka, tinha declarado à comunicação social que, tendo em conta os horários dos bancos em Tóquio, não seria possível reunir hoje a soma exigida pelo tribunal de mil milhões de ienes (8 milhões de euros), adiando a recolha do dinheiro necessário para a libertação para esta quarta-feira, 6 de março.

Em conferência de imprensa, o advogado disse que para Ghosn, que passou mais de 100 dias na prisão, a decisão do tribunal é “uma coisa boa”.

Carlos Ghosn foi detido em novembro em Tóquio por suspeitas de fraude fiscal e de abuso de confiança.

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