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Ginásios reúnem-se hoje com Governo e DGS. Objetivo é reabrir a 1 de junho

A associação que representa os ginásios reúne-se hoje com o Governo e autoridades de saúde para debater a reabertura. Balneários fechados, horários limitados e diferenciados, e o uso de álcool gel e desinfetantes, poderão ser a nova realidade dos ginásios por uns tempos. A AGAP alerta que o uso de máscara durante a prática desportiva tem riscos para a saúde.
19 Maio 2020, 07h40

Ainda não existe uma data para os 700 mil utilizadores dos mais de mil ginásios em Portugal voltarem a treinar.

O primeiro-ministro disse na segunda-feira que o Governo ainda está em conversações com a associação setorial para definir regras que possam permitir a reabertura dos clubes.

A Associação de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP) vai hoje reunir-se com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e com a secretaria de Estado do Desporto para debater possíveis datas de reabertura e com que condições.

“Estamos neste momento na fase de estudar com a DGS e o Governo as melhores formas de dar segurança aos nossos clientes para abrirmos”, disse ao Jornal Económico José Carlos Reis, presidente da AGAP.

“Estamos conscientes que conseguimos abrir 1 de junho com toda a segurança, entretanto, estamos a criar as condições para isso”, avançou.

“Fizemos uma proposta concreta que enviámos à DGS a 16 de abril. Vamos começar agora a falar com eles, eles é que são a autoridades de saúde: queremos abrir com as regras seguras da DGS, não queremos reabrir com as nossas regras”, afirmou o responsável.

Neste momento, muitos clubes estão a dar aulas ao ar livre com um máximo de cinco pessoas, e sem uso de balneários.

Na sua proposta, a AGAP não previa a interdição de balneários, mas José Carlos Reis aponta que o não uso de balneários poderá ser uma hipótese para os clubes numa primeira fase de abertura, tal como já está a acontecer para as aulas de ténis e para o padel.

Sobre como poderão ser os ginásios daqui para a frente, José Carlos Reis aponta que “tudo será diferente”, com o uso de desinfetantes, gel das mãos, com a possibilidade de “haver limitações” para que as “pessoas não possam estar mais do que X tempo no clube, que haja limitações no numero de pessoas dentro dos clubes e do número de vezes por semana”.

Questionado sobre a possibilidade de usar máscara, o presidente da AGAP afastou essa hipótese. “O exercício com máscara não é possível porque é extremamente perigoso. As pessoas que estão o dia inteiro a trabalhar paradas com máscara, ao fim do dia tem dores de cabeça, hipoxia, porque não têm o oxigénio suficiente e tem uma grande acumulação de dióxido de carbono. Fazer exercício com máscara não é possível, seria contraproducente para a saúde das pessoas”.

A AGAP representa 1.100 dos 1.300 ginásios existentes em Portugal, incluindo cadeias como a Fitness Hut, Solinca, Holmes Place, Fitness Factory ou Pump.

Questionado sobre o pagamento de mensalidades durante a pandemia, o líder da AGAP disse que a “maioria dos ginásios não suspendeu a mensalidade, a maioria está a cobrar 50%, porque estão a prestar serviços onlines como aulas ou PTs online, estão a prestar outro tipo de serviço”.

“Alguns estão a cobrar 75%, mas a maioria dos ginásios neste momento esta a cobrar 50%” da mensalidade, adiantou.

“Estamos nesta fase de negociação com o Governo para que se possa abrir em segurança e com confiança para os consumidores. Somos os principais interessados para que isto corra bem e que não haja contaminação nos nossos clubes, necessitamos muito de dar essa confiança aos nossos clientes”, concluiu o presidente da AGAP.

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