Global Media: Acionistas manifestam “total disponibilidade” para retomar controlo da empresa

Os quatro acionistas do Global Media Group (GMG) manifestaram, esta sexta-feira, “total disponibilidade” para retomar o controlo da gestão da empresa. Em comunicado, Marco Galinha, Kevin Ho, José Pedro Soeiro e Mendes Ferreira reforçaram o compromisso que Galinha já tinha proposto no parlamento.

Além da disponibilidade para assumir a ‘rédeas’ da empresa, os quatro acionistas revelam que vão agendar uma Assembleia Geral de Acionistas para apresentar uma solução para o grupo, bem como dar soluções aos trabalhadores.

No mesmo comunicado, enviado após se saber que a ACT abriu sete processos de contra-ordenação, os acionistas evidenciam a continuação do “incumprimento da gestão executiva do Senhor José Paulo Fafe, representante do World Opportunity Fund, Ltd, quanto a obrigações basilares dos contratos, que, entre o mais, se materializa na falta de pagamentos dos salários dos colaboradores do GMG”.

De relembrar que os trabalhadores das publicações do GMG encontram-se com o salário de dezembro e subsídio de Natal em falta.

Mais: os quatro acionistas afirmam que a “insustentável situação” dos trabalhadores do grupo de media “é da responsabilidade exclusiva da gestão executiva que foi indicada pelo fundo”. “Os acionistas e administradores repudiam veementemente e consideram inaceitáveis as tentativas de pressão exercidas junto da Entidade Reguladora da Comunicação, tornadas públicas no dia de ontem“, lê-se no comunicado.

Os mesmos responsáveis repudiam ainda “a forma como a gestão da empresa parece estar deliberadamente conduzida para levar a um oportunismo quanto a propostas apresentadas pelo Senhor José Paulo Fafe, propostas essas que os acionistas consideram inaceitáveis”.

“Pese embora os questionáveis atos de gestão, foram recebidas propostas idóneas para resolver a situação atual, havendo consenso dos acionistas e administradores subscritores deste comunicado em fazer parte de uma solução. Manifestam também total disponibilidade e compromisso em retomar o controlo da gestão da empresa”, indicam.