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Goldman Sachs com quebra de 20% dos lucros no primeiro trimestre

As receitas de negociação caíram 18% para 3,61 mil milhões de dólares, com as receitas de ações a descer 24% e as de renda fixa, moedas e commodities a recuarem 11%.
15 Abril 2019, 19h21

O Goldman Sachs superou as estimativas trimestrais de lucro nesta segunda-feira, 15, com o banco a subir as receitas com comissões em fusões e aquisições, enquanto as despesas caíram devido a custos de compensação mais baixos.

O banco fechou o primeiro trimestre com um lucro de 2,25 mil milhões de dólares, ou 5,71 dólares por ação, o que corresponde a uma quebra de 20% face ao período homólogo.

As receitas provenientes na unidade de ações (sales & trading) ficaram pelos 1,77 mil milhões de dólares no 1ºtrimestre, aquém dos 1,83 mil milhões de dólares antecipados pelos analistas.

A unidade de produtos de renda-fixa, câmbios e commodities gerou receitas de 1,84 mil milhões de dólares no trimestre, ultrapassando os 1,78 mil milhões de dólares antecipados pelos analistas.

Já as receitas de trading trimestrais totalizaram 3,61 mil milhões de dólares, em linha com o esperado pelos analistas, segundo a análise do analista da Mtrader, Ramiro Loureiro, mas traduzindo uma queda  de 18%.

As receitas na banca de investimento atingiram os 1,81 mil milhões de dólares superando os 1,70 mil milhões esperados.

A receita total do banco caiu 13% no primeiro trimestre e ficou abaixo das estimativas dos analistas, com três de suas quatro principais empresas a registarem uma queda na receita.

O produto bancário caiu 12,2% em termos homólogos, para 8,81 mil milhões de dólares, frustrando os 8,97 mil milhões esperados pelos analistas.

Com isto, os resultados no trimestre (EPS) atingiram os 5,71 dólares/ação, excedendo os 4,97 dólares/ação aguardados pelo mercado.

O rácio de capital CTE1 no final do período estava nos 13,4% (Basileia III).

O Goldman Sachs tinha no final do trimestre cerca de 1,6 mil milhões de dólares em ativos sob gestão (notação europeia, correspondente a 1,6 triliões de dólares na escala longa que é adotada nos EUA), refere a Mtrader.

O banco norte-americano elevou o dividendo trimestral em 5 cêntimos, para os 0,85 dólares por ação.

“Tal como o apresentado na última sexta-feira por JPMorgan, o ambiente esteve mais favorável para o FICC [Fixed Income Clearing Corporation] do que para equities [ações] no 1º trimestre, sendo que a nível global o concorrente esteve melhor que o Goldman Sachs”, refere o analista.

A Reuters por sua vez, salienta que as negociações desaceleraram consideravelmente no trimestre, uma vez que as preocupações com a guerra comercial EUA-China diminuíram, e os mercados recuperaram de perdas acentuadas em dezembro de 2018.

Diz ainda a Reuters que os serviços totais para clientes institucionais, a unidade que abriga o setor de negociações do banco, registou a maior queda, já que a menor volatilidade do mercado, juntamente com a mais longa paralisação do governo dos Estados Unidos, prejudicou as receitas com ações e títulos.

 

 

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