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Goldman Sachs prevê correção nas bolsas mundiais, mas afasta risco de ‘bear market’

Em vez de prever um ‘bear market’, a divisão do Goldman Sachs liderada por Peter Oppenheimer diz numa nota divulgada esta terça-feira que os riscos de uma correção do mercado de ações estão a crescer, mas que os investidores não devem abandonar o barco.
20 Janeiro 2021, 12h54

Os analistas da Goldman Sachs, citados pela Bloomberg, dizem que embora o risco de uma correção dos índices bolsistas seja cada vez mais alto, as medidas de estímulo e a natureza da crise económica tornam improvável um mercado baixista (bear market).

“Na nossa opinião existe o risco de uma correção, mas sem uma inflexão para ‘bear market'”, defendem. Os analistas do banco de investimento norte-americano recomendam aproveitar qualquer período de queda para comprar ações.

Em vez de prever um bear market, a divisão do Goldman Sachs liderada por Peter Oppenheimer diz numa nota divulgada esta terça-feira que os riscos de uma correção do mercado de ações estão a crescer, mas que os investidores não devem abandonar o barco.

O banco de investimento espera que os riscos táticos eventualmente deem lugar a um novo mercado altista e ganhos constantes. Os investidores devem olhar através da volatilidade de curto prazo e comprar em qualquer correção, defende o banco.

Os índices acionistas globais subiram mais de 70% desde a onda vendedora provocada pelo coronavírus em março do ano passado, atingindo um recorde no início do mês com as apostas na recuperação económica impulsionada pelas vacinas e por maiores estímulos nos EUA.

A forte retoma foi “quase idêntica” à recuperação em relação ao mínimo registado na crise financeira em 2009, e que foi seguida por uma correção, observa o Goldman.

“As ações estão, até agora, seguindo de perto a mesma tendência de recuperação observada após a crise financeira global há mais de uma década”, disseram os analistas liderados por Peter Oppenheimer na nota de research noticiada pela Bloomberg. Os preços recuperaram rapidamente das quedas induzidas pela recessão, à medida que os investidores se apressaram a tentar lucrar com a recuperação da economia em geral.

Enquanto a crise financeira global gerou um “bear market” estrutural, a recessão e a onda vendedora provocadas pelo coronavírus foram determinadas por factos concretos.

“A velocidade e escala sem precedentes do suporte de políticas durante a pandemia, pensado para reduzir o risco de cicatrizes de longo prazo, também reduziram os riscos de um impacto estrutural, permitindo aos investidores  ‘olhar para além’ da crise rumo a uma recuperação”, defende o banco de investimento.

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