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Goldman Sachs prevê que inflação medida pelo IHPC atinja 5% em outubro na zona euro

O banco norte-americano prevê ainda que o ano de 2023 verá a inflação ‘core’ em 2,9% (em comparação a 2,7%), e para 2024 deve atingir 2,2% (2,1% anteriormente), consequência de um arrefecimento mais lento das pressões da inflação ‘core’ até 2023.
26 Setembro 2022, 13h39

Segundo uma análise do Goldman Sachs, a inflação medida pelo IHPC deverá ascender a 5% em outubro na zona euro.

“O forte impulso nas pressões inflacionárias subjacentes aponta para uma inflação mais próxima do core, e agora esperamos que o core da inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) atinja um pico de 5% em outubro”, lê-se na nota de research publicada pelo banco esta segunda-feira.

O banco norte-americano prevê ainda que o ano de 2023 verá a inflação core em 2,9% (em comparação a 2,7%), e para 2024 deve atingir 2,2% (2,1% anteriormente), consequência de um arrefecimento mais lento das pressões da inflação core até 2023: “embora esperemos que a inflação dos bens desacelere acentuadamente a partir do segundo trimestre, esperamos que a inflação dos serviços continue a aumentar até meados de 2023”, explica a nota.

O banco americano refere que o disparo dos preços dos bens duradouros quando comparados a outros mercados aponta para a continuidade de pressões ascendentes, a curto prazo, sobre a inflação dos bens. O banco dá conta de que a inflação em bens e serviços (industriais não energéticos) aceleraram para 5,1% e 3,8%, respetivamente, nos últimos doze meses.

“Dito isso, vários indicadores de previsão sugerem que as pressões globais sobre os preços do pipeline de bens começaram a diminuir, sugerindo um alívio significativo para os preços dos bens de consumo no decorrer do próximo ano”, prevê o Goldman Sachs.

A expectativa de que o BCE irá subir mais 75 pontos base(p.b.) em outubro vai em linha com o que os economistas do banco norte-americano defendem, mas estes destacam o risco de que o Conselho do BCE possa ter que aumentar as taxas acima da taxa terminal de 2,25%, defendida pelo Goldman Sachs.

Quanto à inflação nos serviços, o banco prevê que o crescimento salarial de 4,5 no primeiro semestre de 2023, o que poderá significar mais pressões sobre os componentes de preços da mão de obra.

“Ao mesmo tempo, a composição da força recente da inflação nos serviços sugere que os efeitos contínuos da reabertura [Pós-Covid] ainda podem ter efeitos, o que pode ajudar a desacelerar os preços no sector de serviços, quando a demanda deixar de ser reprimida”.

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