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Google anuncia criação de programa para startups “que querem mudar o mundo”

Com este programa, a gigante empresa tecnológica pretende ajudar a monitorizar as startups no mundo e auxliar estas entidades a conseguir financiamento para crescer.
  • Piaras Ó Mídheach/Web Summit
5 Novembro 2019, 17h56

O palco da ‘Planet:tech’ recebeu Kate Brandt, chefe de sustentabilidade da Google, para ouvir um anúncio que estava guardado para o final do segundo dia da Web Summit. Como a chefe do gabinete sustentou “a sustentabilidade é um valor base desde o início”, tendo sido este início há 21 anos.

Para responder ao tema da intervenção, Kate Brandt assumiu que “a maior ferramenta contra as alterações climáticas vai ser a tecnologia”. A afirmação, sem o público saber, ia de encontro ao que foi explanado no final da apresentação de 20 minutos.

No final do encontro, Kate Brandt anunciou o programa para as startups que querem salvar o mundo com os seus programas e tecnologias. O programa ‘Google Startups Accelerator’ pretende ajudar as novas startups, focadas em medidas sustentáveis do ambiente e para acabar com a pobreza, ou como Kate Brandt sustentou “para uma comunidade que quer impactar o mundo”.

Neste programa, a gigante empresa tecnológica quer ajudar a monitorizar as startups no mundo e para as ajudar a conseguir financiamento para crescer.

Fazendo o resumo dos 21 anos de existência da gigante tecnológica, a responsável afirma que desde o compromisso em 2007 são neutros em carbono todos os anos e que em 2017 e 2018 compraram energia renovável solar e eólica suficiente para abastecer todos os escritórios mundiais da Google este ano.

Relativamente a investimentos, Kate Brandt sustenta que a gigante tecnológica investiu cerca de seis mil milhões de dólares em ferramentas para se tornarem neutros em carbono, sendo que já investiram 150 milhões de dólares em energia renovável.

Programas Google para as comunidades

Ainda no palco, Kate Brandt apresentou os programas que têm ajudado a comunidade e o ambiente. Apesar de anunciar que o ‘Environmental Insights Explorer’ deve chegar em breve a Portugal, a representante da sustentabilidade explicou que este programa permite explorar dados que permitam uma cidade se pode tornar neutra em carbono.

No projeto ‘Project Air View’ é possível verificar a qualidade do ar em tempo real nas cidades mundiais. No seguinte projeto, ‘Project Sunroof’ é possível cada um verificar  energia solar que o seu telhado consegue produzir, quando instala um painel solar, e qual a poupança que se verifica.

Um projeto que pode ser utilizado e útil para os portugueses é o ‘Global Fishing Watch’, que mostra em tempo real a localização de cardumes. A nova funcionalidade do Google Maps permite ainda aos cidadãos verificar a partilha de mobilidade sustentável.

Confronto na round table

Num encontro com jornalistas presentes na cimeira tecnológica, a responsável quis explorar e abordar melhor o tema que a trouxe a Lisboa.

Sendo a chefe de gabinete de sustentabilidade da Google, Kate Brandt foi confrontada pela agência ‘Reuters’ relativamente à revelação do jornal britânico ‘The Guardian’, em que, numa investigação profunda, estes mostraram que a empresa financiava empresas de exploração de petróleo.

No fim do encontro com os repórteres, Kate Brandt foi questionada sobre a exploração de uma mina de ouro na Tanzânia, financiada pela Google. A questão foi realizada por um jornalista francês, que foi interrompido devido à limitação de tempo do encontro, que não viu a sua pergunta respondida, apenas com uma promessa de “agendamos uma reunião para falar”.

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