Quando se é dono do negócio e do caminho para lá chegar, existe sempre a desconfiança de que a concorrência seja limitada. Nos Estados Unidos, a Google está a ser cercada pela legislação antitrust, na Europa a gigante tecnológica norte-americana enfrenta uma série de processos judiciais em que é acusada de manipular os resultados do seu motor de busca, o Google, para favorecer o seu comparador de preços, o Google Shopping.
São, pelo menos, oito processos judiciais interpostos por, pelo menos, 12 empresas (o queixoso está incógnito num dos processos e outro tem um número indefinido de queixosos), que representam, em conjunto 12 mil milhões de euros de pedidos de indemnização.
O tema não é novo, uma vez que em 2017 a Comissão Europeia aplicou uma multa à Google de 2,4 mil milhões de euros, exatamente pela mesma razão. A esta decisão seguiram-se vários processos civis, que foram adiados, uma vez que a tecnológica ia recorrendo das decisões jurídicas.
Contudo, no ano passado, um tribunal confirmou que a empresa tinha violado as leis antitrust europeias, o que fez com que os queixosos deixassem de ter de o provar em tribunal. Assim sendo, os processos começaram a avançar, estando previsto que um tribunal britânico comece a julgar, em junho, o caso do website Kelkoo, que envolve uma indemnização de 1,4 mil milhões de euros. Os tribunais dos Países Baixos e da Alemanha também vão iniciar os julgamentos.
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