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Google provoca valorização em fornecedores devido à inteligência artificial

Na segunda-feira a Broadcom, que fornece chips de alta performance à Google, foi uma das maiores beneficiadas. A empresa disparou 11,1% devido ao sucesso que a Google tem tido na área da inteligência artificial.
25 Novembro 2025, 09h08

O sucesso que a Alphabet (proprietária da Google) está a demonstrar na área da inteligência artificial acabou por beneficiar vários fornecedores da tecnológica dirigida por Sundar Pichai na passada segunda-feira. O exemplo mais flagrante foi o da Broadcom que encerrou com o dia com um disparo de 11,1%. Outros fornecedores como a Lumentum e a Celestica valorizaram 17,1% e 15,1%.

O disparo nas ações da Broadcom, na segunda-feira, deve-se principalmente ao facto da empresa ser um dos grandes fornecedores de chips de alta performance, ou ASICs (chips de aplicação específica numa tradução livre em português), da Google, que depois os utiliza para a área da inteligência artificial. Já a Celestica é fabricante de eletrónica e fornece serviços ligados à cadeia de abastecimento enquanto que a Lumentum desenvolve e produz produtos óticos e fotónicos.

“A Google e a Broadcom têm trabalhado juntos neste ASIC personalizado desde 2016, que está agora na sua sétima geração. Além do GPU [É um circuito que processa e renderiza imagens e vídeos] da Nvidia para cargas de trabalho de inteligência artificial, o TPU [circuito específico para aplicações] é o ASIC mais comprovado do mercado — e apresenta agora o impulso mais tangível. A decisão de desenvolver este produto antecipadamente está a começar a gerar resultados positivos — impulsionando tanto as receitas de inteligência artificial da Broadcom como o crescimento da Google Cloud”, salientou Ben Reitzes, da Melius Research, citado pela CNBC.

“Embora seja bom para a Alphabet, pode acabar por ser ainda melhor para a Broadcom, que poderá ter um enorme potencial de crescimento nas suas receitas de inteligência artificial com a Alphabet e uma série de outros parceiros que desejam uma parte desta expertise em design. A TPU está a tornar-se rapidamente uma parte importante da estratégia de crescimento da Alphabet”, acrescentou Ben Reitzes, citado pelo canal televisivo.

Já o analista da Jefferies, Blayne Curtis, também citado pela CNBC, admitiu que a procura da Google pelos chips da Broadcom pode “crescer ainda mais” à medida que o “poder computacional se torna necessário para modelos multimodais”.

E de acordo com o  analista da Mizuho, ​​​​Jordan Klein, pode existir espaço para a Google continuar a valorizar, beneficiando toda a sua cadeia de fornecedores no sector da inteligência artificial. De acordo com Jordan Klein, citado pela publicação financeira Investing, a rotação que está a existir para a Google vinda de empresas como a Microsoft, Nvidia, Meta e Amazon “parece que pode continuar” face à boa aceitação que  o novo modelo de inteligência artificial da Google (Gemini 3) está a ter e a grande vantagem que tem face a competidores como o Claude, o ChatGPT e outros modelos do género.


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