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Gordon Brown diz que imposto extraordinário sobre a produção do petróleo ajudaria os países mais pobres

O antigo primeiro-ministro britânico revelou que um imposto extraordinário, de 3%, sobre as receitas de exportação de petróleo e gás dos maiores países produtores renderia cerca de 25 mil milhões de dólares por ano.
Richard Carson/Reuters
29 Setembro 2023, 14h41

O antigo primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, afirmou que os países, cuja economia depende fortemente da extração e exportação de petróleo ou gás natural, os ‘Petrostate‘, deveriam pagar uma pequena percentagem das suas crescentes receitas de petróleo e de gás para ajudar os países pobres a lidar com a crise climática, segundo avança o jornal ‘The Guardian’.

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Os países com grandes depósitos de petróleo e gás desfrutaram de uma bonança recorde nos últimos dois anos, ascendendo a cerca de quatro mil milhões de dólares no ano passado para a indústria a nível mundial. A cobrança de um imposto extraordinário de 3% sobre as receitas de exportação de petróleo e gás dos maiores países produtores renderia cerca de 25 mil milhões de dólares por ano.

Os anteriores pedidos de impostos extraordinários sobre as receitas petrolíferas centram-se nas grandes empresas do sector privado, como a Shell, a BP, a Total e a ExxonMobil. No entanto, as empresas do sector privado representam apenas cerca de 15% da produção mundial de petróleo e gás. A maior parte da produção provém de empresas petrolíferas de propriedade nacional, conhecidas como NOC’s, em países como a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e a Noruega.

Gordon Brown afirmou que o dinheiro poderia ser utilizado para ajudar os países do sul do globo a tirar as pessoas da pobreza, reduzir as emissões de gases com efeito estufa e lidar com os efeitos da crise climática.

“Estamos a assistir a níveis chocantes de lucro inesperados e que ocorrem à custa dos países do sul do globo. Estes ‘petrostates‘ poderiam contribuir para as soluções da crise climática”, salienta o antigo primeiro-ministro britânico.

O antigo primeiro-ministro argumentou que os países que mais produzem petróleo e gás em todo o mundo, têm os meios e a responsabilidade de quebrar o impasse global sobre ajudar os países pobres a lidar com o impacto da crise climática.

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