O Governo vai aguardar com “toda serenidade do mundo” a discussão sobre o relatório da TAP, da Inspeção Geral das Finanças (IGF), adiantou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, durante a apresentação das conclusões do Conselho de Ministros.
António Leitão Amaro esclareceu que o relatório da TAP “não é sobre nada que tenha sido realizado” pelo atual Governo.
O governante lembrou que o executivo recebeu o relatório e logo o reencaminhou para o Ministério Público e para o Parlamento.
António Leitão Amaro disse ainda que o executivo “não ignora” que esta não é a primeira vez que o Parlamento vai abordar o assunto [da TAP].
O ministro da Presidência disse também, depois de sublinhar que aguarda com “toda a serenidade do mundo” a discussão por outros intervenientes do relatório sobre a TAP, que o documento avalia comportamentos diferentes de vários Governos e de vários responsáveis políticos, que não o do atual Executivo.
O governante salientou que, nesta altura, a palavra [sobre o relatório] “está em outras instituições”, que não o atual Governo, e salientou que os factos que constam do relatório já eram “conhecidos” e já foram alvo de avaliação por uma Comissão de Inquérito da Assembleia Legislativa da República.
O Ministério Público anunciou que vai investigar a compra da TAP ao Estado, em 2015, pelo consórcio liderado por David Neeleman, que foi feita através de um processo no qual a própria companhia aérea deu a garantia ao empréstimo que permitiu a transação, segundo sinalizou uma auditoria da Inspeção Geral das Finanças (IGF) às contas da companhia aérea, cuja conclusões foram reveladas esta semana.
“Confirma-se a receção na Procuradoria-Geral da República, na tarde desta quarta-feira, do relatório da IGF. O mesmo foi remetido ao DCIAP onde, após análise, foi determinada a junção do documento a inquérito que se encontra em investigação nesse departamento e que, como é público, teve origem em participação apresentada pelos, à data, ministros das Infraestruturas e Habitação e ministro das Finanças”, avançou a fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Jornal Económico, quando questionada se o Ministério Público ia investigar os novos factos constantes da auditoria da IGF.
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