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Governo alivia “fardo” com ajudas à habitação jovem, mas reconhece subida “marginal” dos preços

A ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, reconhece que o Governo optou por beneficiar jovens até aos 35 anos, com o propósito de aliviar as despesas que estes têm ao comprarem a primeira casa. Por outro lado, lembrou a importância de “acelerar” a construção de habitações.
Balseiro Lopes IRS Jovem habitação jovem
ANTÓNIO COTRIM/LUSA
1 Agosto 2024, 16h02

As medidas do Governo para a ajuda de compra de habitação por parte dos jovens vão permitir “resolver um problema de liquidez”, já que permitem, a partir desta quinta-feira, aliviar o “fardo” de pagar IMT e Imposto de Selo.

A garantia foi deixada pela ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, em entrevista à “SIC Notícias”. A governante abordou a entrada em vigor da isenção de IMT e Imposto de Selo, assim como da isenção dos emolumentos associados ao registo da aquisição ou hipoteca de uma habitação para os jovens até aos 35 anos na compra da primeira casa própria.

Margarida Balseiro Lopes não tem dúvidas de que estas são medidas amplamente benéficas para aquela faixa etária, mas reconhece que há outra problemática que se mantém. “Há, de facto, um problema de oferta”, referiu Margarida Balseiro Lopes, afirmando saber que “isto não vai resolver o problema da habitação e não ignoramos que possa ter um efeito marginal”, nomeadamente um ligeira subida do preço das casas.

No entanto, a governante não deixou de apontar aquela que o Executivo entender ser a solução: “Temos de acelerar e reforçar a construção”, de forma a ser possível aumentar a oferta, assinalou. Nesse sentido, lembrou o mais recente investimento de 400 milhões de euros anunciado pelo Governo, cujo objetivo é construir 26 mil casas até 2026.

A ministra reconheceu que, com estas medidas, “há uma discriminação positiva em razão da idade”, beneficiando aqueles que têm até 35 anos. Alerta ainda para dados que são conhecidos no que diz respeito à emigração jovem, que indicam que “30% dos jovens portugueses não vivem em Portugal”.

Em simultâneo, a própria rejeita que se trate de beneficiar os jovens que já têm alguma capacidade financeira. Perante essa desconfiança levantada nas últimas semanas, sublinha que “o problema do país não é ter demasiados jovens a ganharem muito dinheiro, é ter demasiados jovens a ganharem mal.”

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