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Governo da Venezuela agradece mediação da Noruega e confirma diálogo com oposição em Oslo

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, agradeceu a disponibilidade da Noruega em mediar o diálogo entre o Governo e a oposição e assegurou a ida de uma delegação a Oslo na próxima semana.
  • AFP/Getty Images
26 Maio 2019, 14h48

“Agradeço ao Governo norueguês os esforços para avançar nos diálogos para a paz e estabilidade na Venezuela. A nossa delegação parte para Oslo com a disposição de trabalhar na agenda acordada e avançar na construção de bons acordos”, escreveu o chefe de Estado na rede social twitter.

No sábado, a Noruega anunciou que representantes do Governo de Nicolas Maduro e da oposição venezuelana regressam na próxima semana a Oslo, no âmbito da mediação norueguesa para encontrar uma solução para a crise no país sul-americano.

O ministro da Comunicação e Informação venezuelano, Jorge Rodriguez, vai chefiar a delegação do Governo venezuelano, representado também pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, e o governador do estado de Miranda, Hector Rodriguez.

“Uma boa delegação que carrega a voz da Venezuela”, declarou Maduro.

As declarações de Maduro surgem depois de o líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido como Presidente interino por mais de 50 países, incluindo Portugal, ter anunciado que aceitou o convite para um novo diálogo com o Governo chavista.

“Recebemos um convite da Noruega e quero dizer-vos: vamos aceitá-lo”, afirmou o líder do parlamento e autopraclamado Presidente interino, num comício na cidade de Carora, no oeste da Venezuela.

A delegação da oposição é composta pelo segundo vice-presidente do parlamento, Stalin González, o ex-deputado Gerardo Blyde e o antigo ministro dos Transportes e Comunicações Fernando Martinez Mottola (1992-1993).

A Noruega, país anfitrião do Nobel da Paz, tem uma longa tradição de mediação, tendo acolhido, por exemplo, a negociação dos acordos de paz israelo-palestinianos.

A crise política na Venezuela agravou-se a 23 de janeiro, quando Juan Guaidó, líder do parlamento, jurou assumir as funções de Presidente interino e prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres.

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