Após as demissões do ‘familygate’, surge agora mais uma demissão no âmbito do caso das golas inflamáveis distribuídas pela Proteção Civil. O Governo de António Costa conta já com 14 demissões devido a polémicas.
Francisco José Ferreira apresentou a demissão após o escândalo das golas inflamáveis, esta segunda-feira. O líder do PS de Arouca fazia parte do gabinete do secretário de Estado da Proteção Civil, e recomendou as empresas para a compra das 70 mil golas anti-fumo inflamáveis.
A primeira saída do Governo teve lugar em abril de 2016. O então ministro da Cultura, João Soares, demitiu-se depois da polémica criada à volta de uma publicação sua, onde prometeu “salutares bofetadas” ao crítico Augusto M. Seabra e ao colunista Vasco Pulido Valente.
Pouco tempo depois demitiu-se o então secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Wengorovius Meneses, em “profundo desacordo” com o ministro da Educação devido às políticas seguidas por Tiago Brandão Rodrigues.
Em outubro de 2016, chegou a vez do chefe de gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Nuno Félix, se demitir depois de o jornal Observador ter revelado que tinha declarado duas licenciaturas falsas.
Também em outubro de 2016, demitiu-se o adjunto do primeiro-ministro para os Assuntos Regionais depois de o Observador ter noticiado que Rui Roque não tinha concluído a sua licenciatura, precisamente o contrário do que tinha indicado.
Em dezembro de 2017, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, demitiu-se pela sua ligação à polémica ex-presidente da instituição Raríssimas, Paula Brito e Costa.
Em julho de 2017, demitiram-se três secretários de Estado: Rocha Andrade (Assuntos Fiscais), João Vasconcelos (Indústria) e Jorge Costa Oliveira (Internacionalização), no âmbito do processo Galpgate, que envolveu as viagens pagas pela petrolífera Galp ao Europeu 2016 em França.
Constança Urbano de Sousa foi a quarta a apresentar a demissão. A ex-ministra da Administração Interna pediu a demissão ao primeiro-ministro depois dos incêndios de 2017, que causaram a morte a 115 portugueses. “Desde junho de 2017, aceitei manter-me em funções apenas com o propósito de servir o o País e o Governo”, esclareceu a ex-ministra, afirmando na carta que “logo a seguir à tragédia de Pedrógão pedi [ao primeiro-ministro], insistentemente, que me libertasse das minhas funções e dei-lhe tempo para encontrar quem me substituísse”.
Em outubro de 2018 foi a vez do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, apresentar a sua demissão devido à polémica com as armas desaparecidas em Tancos.
Este ano surgiu o ‘familygate’. Quando se tornaram conhecida as ligações familiares entre os membros do Governo, surgiram mais demissões. Carlos Martins, que se encontrava na pasta do Ambiente, e o seu primo e adjunto Armindo Alves foram os primeiros a abandonar o Governo quando o ‘familygate’ começou a ser divulgado. Mais tarde, João Ruivo, marido da secretária de Estado da Cultura, também pediu exoneração das funções da secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional.
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