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Governo de Costa já conta com 14 demissões devido a polémicas

Das demissões do ‘familygate’ ou as provocadas pelo ‘galpgate’, já saíram 14 governantes do Governo de António Costa devido a polémicas.
Francisco Ferreira
Facebook Francisco José Ferreira
29 Julho 2019, 14h33

Após as demissões do ‘familygate’, surge agora mais uma demissão no âmbito do caso das golas inflamáveis distribuídas pela Proteção Civil. O Governo de António Costa conta já com 14 demissões devido a polémicas.

Francisco José Ferreira apresentou a demissão após o escândalo das golas inflamáveis, esta segunda-feira. O líder do PS de Arouca fazia parte do gabinete do secretário de Estado da Proteção Civil, e recomendou as empresas para a compra das 70 mil golas anti-fumo inflamáveis.

A primeira saída do Governo teve lugar em abril de 2016. O então ministro da Cultura, João Soares, demitiu-se depois da polémica criada à volta de uma publicação sua, onde prometeu “salutares bofetadas” ao crítico Augusto M. Seabra e ao colunista Vasco Pulido Valente.

Pouco tempo depois demitiu-se o então secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Wengorovius Meneses, em “profundo desacordo” com o ministro da Educação devido às políticas seguidas por Tiago Brandão Rodrigues.

Em outubro de 2016, chegou a vez do chefe de gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Nuno Félix, se demitir depois de o jornal Observador ter revelado que tinha declarado duas licenciaturas falsas.

Também em outubro de 2016, demitiu-se o adjunto do primeiro-ministro para os Assuntos Regionais depois de o Observador ter noticiado que Rui Roque não tinha concluído a sua licenciatura, precisamente o contrário do que tinha indicado.

Em dezembro de 2017, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, demitiu-se pela sua ligação à polémica ex-presidente da instituição Raríssimas, Paula Brito e Costa.

Em julho de 2017, demitiram-se três secretários de Estado: Rocha Andrade (Assuntos Fiscais), João Vasconcelos (Indústria) e Jorge Costa Oliveira (Internacionalização), no âmbito do processo Galpgate, que envolveu as viagens pagas pela petrolífera Galp ao Europeu 2016 em França.

Constança Urbano de Sousa foi a quarta a apresentar a demissão. A ex-ministra da Administração Interna pediu a demissão ao primeiro-ministro depois dos incêndios de 2017, que causaram a morte a 115 portugueses. “Desde junho de 2017, aceitei manter-me em funções apenas com o propósito de servir o o País e o Governo”, esclareceu a ex-ministra, afirmando na carta que “logo a seguir à tragédia de Pedrógão pedi [ao primeiro-ministro], insistentemente, que me libertasse das minhas funções e dei-lhe tempo para encontrar quem me substituísse”.

Em outubro de 2018 foi a vez do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, apresentar a sua demissão devido à polémica com as armas desaparecidas em Tancos.

Este ano surgiu o ‘familygate’. Quando se tornaram conhecida as ligações familiares entre os membros do Governo, surgiram mais demissões. Carlos Martins, que se encontrava na pasta do Ambiente, e o seu primo e adjunto Armindo Alves foram os primeiros a abandonar o Governo quando o ‘familygate’ começou a ser divulgado. Mais tarde, João Ruivo, marido da secretária de Estado da Cultura, também pediu exoneração das funções da secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional.

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