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“Governo desconfia e não acredita no SNS”, acusa Fernando Araújo

Sem revelar se vai o próximo ministro da Saúde, caso o PS vença as eleições, Fernando Araújo deixa a sugestão: “Que as decisões sejam baseadas na competência, no valor e nunca em questões partidárias ou políticas”.
13 Abril 2025, 09h40

Fernando Araújo, antigo diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e cabeça de lista do PS pelo distrito do Porto, acusou o Governo de desconfiar e de não acreditar no SNS. Em entrevista ao “JN” e “TSF”, o médico considera que o PS está disponível para um pacto de confiança no SNS mas apresenta uma posição de reserva face a este Executivo.

“Eu gostei dessa expressão do senhor primeiro-ministro porque quem lançou a desconfiança no processo foi ele e o Governo em si. Eles desconfiam do SNS, não acreditam no SNS, e depois a seguir vêm pedir um pacto de confiança para o SNS?”, questionou o antigo responsável do SNS.

Para Fernando Araújo “quem trouxe essa desconfiança e quem trouxe essa instabilidade foi a AD” e, nessa medida, considera “estranho que agora, no fim do processo, quando percebem que não estão a ter os resultados que tinham propalado, venham tentar fazer um pacto nesse sentido, que nem sei exatamente com que termos”.

O médico que encabeça a lista do PS no Porto acusa o atual Governo de ter um plano “miraculoso para mudar o SNS em 60 dias, num ano” e considera que o balanço no campo da saúde não é positivo: “Enfim, muitas propostas, na prática, os resultados são maus”.

O diretor-executivo do SNS anunciou há um ano a intenção de se demitir do cargo, em conjunto com a sua equipa. “Uma “difícil decisão” que permitirá à nova tutela “executar as políticas e as medidas que considere necessárias, com a celeridade exigida, evitando que a atual DE-SNS possa ser considerada um obstáculo à sua concretização”, justificou.

Sem revelar se vai o próximo ministro da Saúde, caso o PS vença as eleições, Fernando Araújo deixa a sugestão de que o próximo responsável pela pasta “não faça como este Governo, ouça as pessoas, avalie o desempenho, analise as propostas e os planos que tinham previstos para implementar e as decisões sejam baseadas na competência, no valor e nunca em questões partidárias ou políticas”.

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