[weglot_switcher]

Governo destaca excedentes previstos pelo FMI apesar da incerteza global

O Fundo antecipa um saldo orçamental este ano mais positivo do que os 0,3% previstos pelo Governo no OE2025, apontando a 0,5%. Para o Executivo, tal demonstra “a solidez da trajetória orçamental” nacional.
Joaquim Miranda Sarmento
O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, participa na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, no Ministério das Finanças, em Lisboa, 16 de janeiro de 2025. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
22 Abril 2025, 16h13

O Governo português destaca o saldo orçamental mais positivo previsto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para este ano do que o inscrito na proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), defendendo que tal realça a solidez da situação financeira do país, bem como a continuação da redução da dívida pública em função do PIB.

O FMI atualizou as suas projeções macroeconómicas para este ano e o próximo, cortando o crescimento nacional em 0,3 pontos percentuais (p.p.) para ambos os anos, isto em comparação com o exercício de previsões de janeiro. Portugal deve então crescer 2% este ano e 1,7% no próximo.

Por outro lado, o Fundo antecipa um saldo orçamental este ano mais positivo do que os 0,3% previstos pelo Governo no OE2025, apontando a 0,5%. Para o Executivo, tal demonstra “a solidez da trajetória orçamental”, que fica também em linha com os acordos estabelecidos com Bruxelas ao abrigo das novas regras orçamentais europeias.

Mais, este resultado é conseguido num contexto “em que o FMI projeta o agravamento dos défices em diversos países europeus, nomeadamente na zona euro”, reforçando o sucesso da gestão das contas públicas nacionais.

Por outro lado, o relatório divulgado esta terça-feira prevê uma continuação da redução da dívida pública portuguesa em função do PIB, atingindo um valor de 92% em 2025, 88% do PIB em 2026 e 84.7% do PIB em 2027, aspeto também destacado pelo Governo no comunicado que se seguiu ao anúncio do FMI.

Na atualização de primavera das projeções macroeconómicas divulgada esta terça-feira, o FMI alerta para uma perda de 0,5 p.p. no crescimento global este ano, que se fica assim pelos 2,8% este ano, e de 0,3 p.p. em 2026, isto quando comparando com as previsões feitas em janeiro. O crescimento para este ano já seria revisto em baixa por 0,1 p.p., refletindo sobretudo as tarifas de 25% sobre o aço e alumínio e a primeira ronda de tarifas acrescidas impostas à China, mas o anúncio de 2 de abril e o ziguezague que se seguiram causam ainda mais dificuldades.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.