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Governo estuda a venda de 200 toneladas de urânio das minas da Urgeiriça

O material está guardado em barris desde o fecho das minas da Urgeiriça, em 1999, e da última vez que foi avaliado valia 13,7 milhões de euros.
12 Novembro 2018, 10h18

O Governo está a estudar a possibilidade de colocar à venda 200 toneladas de concentrado de urânio, que se mantêm armazenadas em barris em Nelas, no distrito de Viseu. O material está guardado desde o fecho das minas da Urgeiriça, em Viseu, em 1999, e da última vez que foi avaliado (2012), valia 13,7 milhões de euros, noticia o jornal “Público” esta segunda-feira

Os barris de concentrado de urânio estão empilhados numas instalações que pertencem à Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), a quem pertence este ativo. No entanto, a hipótese de colocar o urânio à venda no mercado está dependente da “decisão da tutela (em fase de estabilização), da existência de interesse externo e valor de mercado”, sublinha a EDM.

O Ministério do Ambiente e da Transição Energética (MATE) lembra que é um produto com “especificidades”, “sujeito a regras e controlos formais de comercialização, e que não é objecto de ‘cotações’ internacionais como outras commodities que possam servir de referencial”.

“Não faz sentido estarmos a lutar para descontaminar estes territórios e continuar com um monte de barris com urânio em armazém”, diz António Minhoto, da Associação dos Antigos Trabalhadores das Minas da Urgeiriça (ATMU). “Bem sabemos que não são perigosos, e trazem menos radiação do que as casas em que vivemos, mas isso não é o que eu chamo de virar a página”, acrescenta.

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