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Governo impõe ao BBVA manter o Sabadell como um banco autónomo durante três anos

Segundo o El País, esta medida enquadra-se no âmbito da Lei da Concorrência, que permite ao Executivo suavizar ou endurecer as condições impostas pela CNMC numa segunda fase, tendo em conta questões de interesse geral.
24 Junho 2025, 13h52

O Governo espanhol impõe ao BBVA manter o Sabadell como um banco independente durante três anos e que não haja despedimentos, avança o El País.

O BBVA deve decidir se mantém a oferta de acordo com os novos requisitos, que serão aplicados entre três e cinco anos.

O Governo espanhol decidiu endurecer as condições impostas pela Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC) à OPA hostil lançada pelo BBVA sobre o Sabadell.

Segundo o El País, esta medida enquadra-se no âmbito da Lei da Concorrência, que permite ao Executivo suavizar ou endurecer as condições impostas pela CNMC numa segunda fase, tendo em conta questões de interesse geral.

Especificamente, impôs que o Sabadell seja mantido como entidade juridicamente separada por três anos, prorrogável por mais dois. Também não poderá despedir funcionários de ambos os bancos em consequência da transação, nem alterar a gestão da rede de agências.

O Ministro da Economia, Carlos Cuerpo, explicou que o Conselho de Ministros aceitou autorizar a OPA do BBVA sobre o Sabadell sob condições o que chama de “uma decisão proporcional, equilibrada e dentro do quadro da regulamentação espanhola”.

Em concreto, o ministro afirmou que irá assegurar que o banco basco mantém a autonomia na tomada de decisões em matéria de financiamento e crédito (com especial atenção às PME), recursos humanos, rede de agências e assistência social.

Isto significa que o BBVA não poderá solicitar uma fusão entre as duas entidades durante estes três anos. Também não poderá implementar um plano de despedimento coletivo (ERE) em nenhuma das entidades, como o banco basco planeia fazer, em resultado da transação.

O BBVA poderá demitir o conselho de administração – presidido por Josep Oliu como chairman e César González-Bueno como CEO – embora tenha advertido que o novo conselho de administração nomeado pelo BBVA deve respeitar as regras de boa governação empresarial e a independência na gestão.

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