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Governo madeirense cria o Gabinete de Apoio ao Emigrante da Venezuela

O Conselho do Governo madeirense aprovou a criação do Gabinete de Apoio ao Emigrante da Venezuela, por forma a poder ser delineada e implementada “uma estratégia transversal a todos os serviços da administração pública regional” neste domínio.
2 Junho 2017, 17h46

Segundo o executivo insular, a criação do referido gabinete visa também a “constituição de um canal privilegiado de comunicação entre aqueles serviços e todos os emigrantes madeirenses, e respetivas famílias, regressados daquele País”.

Recorda-se que o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus admitiu à agência Lusa que entre 3.000 e 4.000 luso-venezuelanos já regressaram à Madeira, depois do agravamento da situação política, social e económica naquele país.

Sérgio Marques, que hoje termina uma visita oficial à Venezuela integrado na comitiva do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, admite que o número possa vir a aumentar, caso a situação se agrave de forma ainda mais intensa e as dificuldades de sobrevivência dos portugueses se intensifiquem

Segundo o governante madeirense “estamos a tentar apurar com rigor qual o número de pessoas que entraram na Madeira” lembrando que muitos portugueses beneficiam do estatuto de dupla nacionalidade pelo que “todos aqueles cidadãos que entraram com passaporte português, não há um registo de entrada o que criam algumas dificuldades no apuramento desse número”.

A esperança do governante, conforme explicou à Lusa, é “esse tenha sido um regresso temporário, porque o desejo das pessoas que têm chegado à Madeira, é que uma vez alterada a situação de crise política, económica e social que se vive na Venezuela possam ter condições para retomar a normalidade das suas vidas aqui na Venezuela”.

“Mas é um facto que temos já largas centenas de conterrâneos regressados à Madeira, e é óbvio que esta situação não é uma questão regional, é uma questão nacional, para que a Madeira possa da melhor forma apoiar o regresso de todos estes conterrâneos, tem que contar com a ajuda do Governo da República”, disse Marques.

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