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Governo moçambicano diz que cumpriu todos indicadores para tirar o país da “lista cinzenta”

“Estamos à espera dos procedimentos para sair da lista cinzenta e voltarmos à situação normal em que sempre vivemos, em que as nossas instituições financeiras, o nosso sentido reputacional, o sentido dos investidores estrangeiros para com o nacional, tudo volta, (…) em que nos olham sem sermos branqueadores de capitais”, disse o coordenador nacional para a remoção de Moçambique da lista cinzenta, Luís Abel Cezerilo, numa conferência de imprensa, em Maputo.
15 Maio 2025, 19h07

As autoridades moçambicanas anunciaram hoje que já cumpriram todos os indicadores que levaram em outubro de 2022 à sua inclusão na “lista cinzenta” de jurisdições financeiras do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI).

“Estamos à espera dos procedimentos para sair da lista cinzenta e voltarmos à situação normal em que sempre vivemos, em que as nossas instituições financeiras, o nosso sentido reputacional, o sentido dos investidores estrangeiros para com o nacional, tudo volta, (…) em que nos olham sem sermos branqueadores de capitais”, disse o coordenador nacional para a remoção de Moçambique da lista cinzenta, Luís Abel Cezerilo, numa conferência de imprensa, em Maputo.

As autoridades moçambicanas tinham antes avançado que a saída de Moçambique da lista cinzenta estava pendente do cumprimento da última das 26 ações exigidas, da apresentação junto da GAFI da lista das Organizações Sem Fins Lucrativos que movimentam “elevadas somas de dinheiro”, incluindo dados referentes à aplicação dos valores, com especial preocupação em Cabo Delgado e nos grupos terroristas que operam na província desde 2017.

O responsável avançou que a imagem negativa que o país tinha nas instituições financeiras internacionais reverteu-se, adiantando que todos os indicadores já foram cumpridos e agora faltam apenas “procedimentos protocolares” até o anúncio da saída da lista, que poderá ser feito pelo GAFI em setembro, numa reunião que o coletivo vai realizar em Moçambique, para avaliar o país e outros que estão na mesma situação.

“Posso afirmar que (…) o Governo cumpriu, o GAFI é uma instituição séria e consequentemente não vai trazer-nos nenhum outro motivo para não sairmos da lista cinzenta”, declarou Luís Abel Cezerilo, que é também diretor-geral adjunto do Gabinete de Informação Financeira de Moçambique.

Moçambique entrou em 22 de outubro de 2022 na lista por não ter eliminado deficiências na luta contra o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.

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