O Governo não exclui nenhuma cenário de intervenção pública sobre o futuro da Efacec e diz que tem “muitos instrumentos” à disposição para responder à evolução da empresa cuja participação de cerca de 70% está à venda, noticia o “Expresso”, na edição deste sábado.
Questionado pelo semanário se o Estado poderia tornar-se um dos acionistas da Efacec, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse ao semanário que “não excluo nenhuma hipótese, mas também não tenho de a colocar se não se justificar”.
“Os Governos não devem excluir nada quando os setores e empresas importantes para o país estão a conhecer dificuldades que não têm a ver com a sua gestão ou com a forma como o mercado está a evoluir, mas com circunstâncias externas, como, por exemplo, uma falta de clara da sua estrutura acionista. E acho que é normal que assim seja”, disse.
O Expresso adianta ainda que os bancos credores da posição de Isabel dos Santos na Efacec chegaram a um acordo de princípio na semana passada, num processo que estará a ser liderado pela Caixa Geral de Depósitos, e que inclui o BCP, o Novo Banco, o BPI, o Banco Montepio e o EuroBic/BiC.
A possibilidade de um sindicato bancário constituído por cinco bancos tinha sido avançada pelo jornal “Público”, na edição de 15 de fevereiro. A solução passará pela constituição de um veículo para uma “aquisição” com um cariz temporário já que o objetivo posterior é alienar a um novo investidor.
O nível de envolvimento de cada banco neste veículo estará, no entanto, ainda a ser negociado, já que o nível de exposição de cada instituição é um critério na definição.
Além da participação de Isabel dos Santos, o restante capital da Efacec é detido pelo grupo José de Mello, através da MGI Capital, e pelo Têxtil Manuel Gonçalves.
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