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Governo não fecha a porta a extensão do lay-off e alterações no pagamento especial por conta

Numa reunião com a CIP, o ministro da Economia mostrou-se “sensibilizado” para avaliar a questão do prolongamento de lay-off, assim como alterar a base de faturação do pagamento especial por conta e aumentar o reconhecimento de prejuízos deste ano nos resultados dos próximos anos, revelou ao Jornal Económico um membro do Conselho presente na reunião. 
  • Cristina Bernardo
20 Maio 2020, 17h30

O Governo está a analisar a extensão de apoios no curto prazo para relançar a economia e não fechou a porta, numa reunião com a CIP – Confederação Empresarial de Portugal, às propostas da extensão do lay-off e a alterações na base do pagamento especial por conta, apurou o Jornal Económico.

Na primeira reunião do Conselho Geral da CIP, realizada esta quarta-feira, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, transmitiu aos empresários a ideia de que o Executivo está a empreender todos os esforços para tentar estabilizar a economia e “proteger o capital que existe salvaguardar os postos de trabalho”.

“Houve o compromisso do Governo ver a par e passo quais as medidas necessárias, nomeadamente a questão do prolongamento de lay-off, a questão do pagamento especial por conta não ter por base o valor de faturação de 2019, porque é um dado adquirido que este ano as empresas não vão ter o mesmo nível de facturação, mostrou-se sensível para aumentar o reconhecimento de prejuízos deste ano nos resultados dos próximos anos e abater assim à fatura de IRC. O ministro mostrou-se sensibilizado para isso”, disse ao Jornal Económico um membro do Conselho da CIP presente na reunião.

Segundo da mesma fonte, Pedro Siza Vieira, mostrou abertura para o investimento em formação no âmbito de um eventual prolongamento do lay-off. O governante revelou ainda altas expectativas sobre o impacto do plano de recuperação europeu, tendo sinalizado ver com bons olhos a proposta franco-alemã de 500 mil milhões de euros, tal como o primeiro-ministro, António Costa, já havia dito.

Aos patrões, Siza Vieira mostrou acreditar que o próximo Quadro Financeiro Plurianual, que está a ser negociado, será mais “robusto” do atual, tendo chamado “a atenção que ainda temos três anos para executar o Portugal 2020”.

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