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“Governo não quer eleições”, afirma Miguel Pinto Luz

“O contexto político exige responsabilidade ao maior partido da oposição, que tem de dizer aos portugueses se quer ou não estabilidade politica”, afirmou Pinto Luz.
Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e ex-candidato à liderança do PSD, Miguel Pinto Luz
9 Março 2025, 12h15

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, falou esta domingo aos jornalistas referindo que o Governo “não quer eleições” e apelando à oposição para que deixe o Governo “trabalhar e governar, deixam-nos concluir o programa com o qual vencemos as eleições de 2024”.

“O contexto político exige responsabilidade ao maior partido da oposição, que tem de dizer aos portugueses se quer ou não estabilidade politica”, afirmou Pinto Luz. O ministro referiu que as explicações do primeiro-ministro não “satisfizeram a oposição”, mesmo com a situação a não levantar  dúvidas de ilegalidades. “Mesmo com o primeiro-ministro a responder a tudo nunca é suficiente. A linguagem do líder do maior partido de oposição, de quem se exige responsabilidade, assemelha-se cada vez mais a um discurso populista”.

Miguel Pinto Luz deixa claro que o Governo não se demitiu, nem desistiu dos portugueses, mas precisa de saber “perante o Parlamento se é também claro que existem condições para continuar este trabalho”. “O país só vai para eleições se o Parlamento quiser”, afirma o ministro.

“Não adianta o PS andar a fazer fitas e fintas ao Governo. Ao colocar a questão impõe-se ao PS que mostre o seu sentido de responsabilidade, o seu sentido de Estado, que o PS seja sério e se deixe de hipocrisia. Qual é a intenção do PS, quer atirar o país para um processo de degradação lento e desprestigiante dos cargos e das suas instituições”, declara Pinto Luz.

Miguel Pinto Luz reitera que “o primeiro-ministro não quer eleições, e mais importante, os portugueses e Portugal não querem eleições”, no entanto, esclarece que se na terça-feira o país for para eleições fica claro que “o PS quis eleições, que colocou a agenda partidária à frente dos interesses dos portugueses”.

“Não é por o secretário geral do PS ter dito há um ano que não viabilizava uma moção de confiança que não pode rever a sua posição perante uma nova realidade de Portugal”, salientou o ministro das Infraestruturas.

“É claro para o Governo que é preciso garantir governabilidade e garantir o fim do clima de suspeição. A moção de confiança é uma ferramenta legitima ao serviço da democracia para avaliar esta posição”, referiu Pinto Luz.

O Governo apresentou a moção de confiança que vai ser votada na próxima terça-feira na Assembleia da República, contudo os partidos da oposição já avançaram que vão chumbar a moção, levando assim o país para eleições antecipadas.

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