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Governo pediu plano para o verão mas diretor demissionário do SNS recusou

O Ministério da Saúde, que estava a contar com plano que é feito “com vários meses de antecedência” terá assim que encontrar mecanismos de resolução desta situação, já que Fernando Araújo recusou elaborar esse plano para o Governo.
3 Maio 2024, 08h51

O Governo solicitou, através da ministra da Saúde, Ana Paula Martinho, um plano para o verão ao diretor demissionário do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo. No entanto, este gestor, que apresentou o seu pedido de demissão a 22 de abril, recusou o pedido do Governo, de acordo com informação avançada pelo “Público” esta sexta-feira.

Sabendo-se que o período de verão é particularmente complexo no SNS, tendo em conta as férias dos profissionais de saúde, o Governo pretendia encontrar uma forma de manter o sistema a funcionar, sem algumas situações de rutura como aconteceram no ano passado. O Ministério da Saúde, que estava a contar com plano que é feito “com vários meses de antecedência” terá assim que encontrar mecanismos de resolução desta situação.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, aceitou esta semana a demissão de Fernando Araújo da direção-executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), anunciou esta tarde a tutela em nota de imprensa.

A tutela sublinha que a cessação do mandato se tornará efetiva assim que o relatório de atividade da direção-executiva do SNS e respetivo ponto de situação, que foi pedido pela tutela previamente, for entregue, apontando um “prazo de cerca de 60 dias”.

“No devido tempo será conhecida a solução para a direção-executiva que terá a missão de realizar efetivas reformas, incluindo na gestão operacional e prestação de cuidados, que são inadiáveis para virar a página em defesa do SNS, e finalmente remediar a pesada herança que tanto prejudica o acesso, em tempo e qualidade, à saúde, em especial pelas pessoas mais vulneráveis”, acrescenta o Ministério na mesma nota.

O diretor-executivo do SNS anunciou a 22 de abril a intenção de se demitir do cargo, em conjunto com a sua equipa. “Uma “difícil decisão” que permitirá à nova tutela “executar as políticas e as medidas que considere necessárias, com a celeridade exigida, evitando que a atual DE-SNS possa ser considerada um obstáculo à sua concretização”, justificou.

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