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Governo põe venda do banco da CGD no Brasil na estaca zero

O Banco Luso-Brasileiro, do grupo Amorim, o Banco ABC Brasil e o fundo Artesia eram os três candidatos à compra do banco brasileiro da Caixa, mas as propostas não agradaram à administração liderada por Paulo Macedo e hoje o Governo formalizou a rejeição das propostas.
  • Cristina Bernardo
15 Maio 2020, 20h20

O Governo rejeitou esta sexta-feira a operação de venda do banco da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no Brasil. No comunicado do Conselho de Ministros, é dito que “foi aprovado o projeto de resolução que determina a rejeição das propostas apresentadas no processo de alienação das ações representativas do capital social da sociedade do Banco Caixa Geral – Brasil”.

“Esta decisão foi tomada após a análise do relatório apresentado pela Caixa Geral de Depósitos e a respetiva fundamentação, no sentido de não se encontrarem reunidas as condições para a aceitação de qualquer das propostas vinculativas apresentadas, considerando que nenhuma delas salvaguarda de modo adequado e permanente os interesses patrimoniais da CGD e a concretização dos objetivos subjacentes ao processo de alienação”, refere o Executivo, nessa nota.

O Banco Luso-Brasileiro, do grupo Amorim, o Banco ABC Brasil e o fundo Artesia eram os três candidatos à compra do banco brasileiro da Caixa, mas as propostas não agradaram à administração liderada por Paulo Macedo e hoje o Governo formalizou a rejeição das propostas.

A CGD pretende agora lançar um novo concurso. Na última conferência de imprensa, de apresentação dos resultados trimestrais, o CEO da CGD disse que “todos sabemos a situação que o Brasil atravessa. O que nós entendemos e fizemos uma proposta [ao acionista Estado] nesse sentido é que haveria vantagem de termos a possibilidade de auscultar outras entidades”.

Paulo Macedo disse que a venda do Banco Caixa Geral Brasil “é um dos objetivos do plano estratégico” acordado entre o Estado e a DGComp de Bruxelas, mas “quando nós falámos com a DGComp, no dia 6 de março, obviamente que percebem muito bem que a Caixa não está numa situação em que tenha de vender a todo custo”.

“Temos que ver como é que se comporta a procura por este tipo de activos”, disse o CEO da CGD esta semana.

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